Críticas ao Enfoque do Governo Federal
O senador Sergio Moro (União-PR) expressou, nesta quarta-feira (24), duras críticas às políticas de Segurança Pública do governo do presidente Lula (PT). Segundo Moro, o foco do governo em regulamentar e limitar o uso de armas de fogo por parte das polícias demonstra que a gestão federal vê a polícia como o principal problema da violência no Brasil.
Em suas redes sociais, Moro comentou o decreto presidencial que condiciona o acesso a recursos federais ao cumprimento de novas regras pelas forças policiais, afirmando:
“Ninguém é a favor da violência policial excessiva, mas causa espanto que as únicas políticas de segurança pública do Governo federal de que se tem notícia sejam destinadas a vigiar e controlar a polícia! Para Lula, a polícia é o problema. Contra o crime organizado e a criminalidade violenta, ainda não vi nada!”
Repercussão do Decreto
O decreto mencionado por Moro prevê que o uso de armas de fogo pelas forças policiais seja limitado e que ações de segurança sigam protocolos rigorosos. Essa medida tem gerado reações intensas entre governadores e parlamentares.
- Ronaldo Caiado (União-GO), governador de Goiás, classificou o decreto como um “presente de Natal para o crime organizado”.
- Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, afirmou que a medida configura uma interferência inconstitucional do governo federal nas competências estaduais sobre as corporações de segurança.
Ninguém é a favor da violência policial excessiva, mas causa espanto que as únicas políticas de segurança pública do Governo federal de que se tem notícia sejam destinadas a vigiar e controlar a polícia! Para Lula, a polícia é o problema. Contra o crime organizado e a… pic.twitter.com/irex5LSRLn
— Sergio Moro (@SF_Moro) December 25, 2024
Contexto das Declarações
Moro, que atualmente é titular da Comissão de Segurança Pública do Senado, tem defendido que o combate ao crime organizado e à criminalidade violenta deve ser prioridade para o governo federal. Ele acredita que as políticas atuais demonstram um distanciamento dessa agenda, concentrando esforços em fiscalizar as forças de segurança em vez de fortalecer seu papel no combate ao crime.