A moeda americana teve uma valorização de 27,34% no ano, marcando o maior aumento desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 causou grande instabilidade financeira. Com essa alta, o real só foi superado pelo peso argentino, que teve um desempenho ainda pior, de 27,53%.
Diante dessa escalada do dólar, o Banco Central precisou agir para tentar controlar a situação. Em dezembro, a instituição injetou mais de 32 bilhões de dólares no mercado, com a venda de moeda à vista totalizando 21,5 bilhões, a maior ação desse tipo desde que o regime de câmbio flutuante foi adotado no Brasil. Apesar dessas tentativas, a confiança dos investidores segue abalada, especialmente após o anúncio das medidas fiscais do governo em novembro.
O impacto das decisões do governo se refletiu diretamente no mercado financeiro. No último dia de negociações de 2024, o dólar fechou a R$ 6,18, após uma pequena queda de 0,21%, após o BC realizar um leilão de 1,81 bilhões de dólares. No entanto, a disparada da moeda americana e a alta dos juros têm afetado também o mercado de ações, que encerrou o ano com uma queda de 10,36%, o pior desempenho desde 2021.
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