Venezuela registra mais de 1,7 mil presos políticos após protestos contra fraude eleitoral
ONG reporta mais de 1,7 mil presos políticos na Venezuela após protestos contra fraude eleitoral

A ONG Foro Penal revelou que mais de 1,7 mil pessoas permanecem presas na Venezuela como presos políticos. O levantamento, divulgado na última terça-feira (31), aponta que a maioria dessas detenções ocorreu durante os protestos contra a fraude eleitoral de Nicolás Maduro em julho de 2024.
Perfil dos Detidos
- Total de presos: 1.705 pessoas;
- Homens: 1.500; Mulheres: 205;
- Civis: 1.600; Militares: 162;
- Menores de idade (14 a 17 anos) também estão entre os detidos.
O regime de Maduro declarou que cerca de 2,4 mil pessoas foram presas após as eleições contestadas. No entanto, o Foro Penal contabiliza apenas casos de presos políticos denunciados formalmente por familiares ou identificados por ações judiciais, excluindo possíveis crimes comuns.
Liberação Parcial de Presos Políticos
Em dezembro de 2024, a ditadura venezuelana anunciou a libertação de aproximadamente 1,3 mil presos políticos como parte de um suposto “processo permanente de revisão de casos”.
No entanto, a ONG Comitê pela Liberdade dos Presos Políticos denunciou que muitos dos libertados foram obrigados a assinar declarações afirmando que seus direitos humanos foram respeitados, como condição para receber a ordem de soltura dos tribunais.
Contexto
Os números refletem a repressão crescente no país desde a eleição contestada de Maduro. Protestos por transparência e democracia enfrentaram uma forte resposta do regime, resultando em prisões em massa e críticas internacionais.
A situação continua sendo um ponto crítico para os direitos humanos na Venezuela, com organizações globais exigindo mais ações concretas contra as violações perpetradas pelo governo.