Os dados oficiais de 2024 revelaram um cenário alarmante: a dengue foi responsável por mais mortes no Brasil do que a covid-19. Segundo números do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, 5.972 pessoas perderam a vida em decorrência da dengue no último ano. Em contrapartida, 5.858 mortes foram atribuídas à covid-19. Além disso, 908 óbitos relacionados à dengue ainda estão sob investigação, podendo elevar o total.
O número de casos de dengue também atingiu um recorde histórico, com 6.484.890 notificações ao longo do ano, representando um dos piores cenários já registrados no país.
São Paulo liderou o ranking de casos prováveis, com impressionantes 2,1 milhões de notificações. Minas Gerais ficou em segundo lugar, registrando 1,6 milhão de casos, seguido pelo Paraná, com 656 mil. Esses estados concentraram a maior parte do impacto da epidemia, reforçando a necessidade de estratégias mais robustas de prevenção e controle.
A Inércia do Ministério da Saúde
A gestão federal tem sido alvo de críticas pela resposta considerada insuficiente diante do surto. A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se de forma pejorativa à sua liderança, passou a chamá-lo de “presidengue”, numa alusão à gravidade da situação e à falta de ações efetivas para conter a epidemia.
