Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou categoricamente que a instituição não protege nenhum investigado, independentemente de serem militares, policiais ou outros profissionais. “A PF não vai passar a mão na cabeça de ninguém,” declarou, enfatizando o compromisso da corporação com a imparcialidade e a justiça.
Rodrigues também abordou as investigações em andamento sobre emendas parlamentares, destacando que, embora o repasse de verbas por congressistas seja analisado, “não pode ser criminalizado previamente.”
Relatório Complementar Sobre o Golpe de 8 de Janeiro
Dois anos após os atos de 8 de janeiro de 2023, a PF prepara um relatório complementar sobre a tentativa de golpe de Estado, na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas.
Os novos depoimentos e materiais apreendidos durante a Operação Contragolpe, realizada em novembro, estão sendo analisados para apresentação de novas conclusões à Procuradoria-Geral da República (PGR). Esse processo poderá levar à identificação e implicação de outros envolvidos no caso.
Conspirações Contra Moraes, Lula e Alckmin
A investigação também inclui a apuração de um plano que visava o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo Rodrigues, o plano não foi concretizado porque “não houve adesão do Exército e da Aeronáutica, tampouco a comoção popular esperada pelos conspiradores.” Ele destacou que o plano foi além da cogitação, com ações práticas como o monitoramento de Moraes e a elaboração de estratégias dentro do Palácio do Planalto, levadas posteriormente ao Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro estava na época.
Rodrigues rebateu críticas que minimizam os atos conspiratórios:
“Embora algumas críticas considerem que ‘pensar em matar não é crime’, as ações relatadas não se limitaram à cogitação.”
Delações e Novas Prisões
Rodrigues comentou sobre a possibilidade de novas delações, como a do general Mário Fernandes, afirmando que a PF está aberta a receber colaborações que tragam informações inéditas. Ele ressaltou que delações que apenas confirmem dados já conhecidos não terão o mesmo impacto.
A prisão do general Braga Netto, acusado de tentar interferir na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, gerou preocupação entre aliados de Bolsonaro. Sobre novas detenções, incluindo a possibilidade de prisão do ex-ministro Augusto Heleno, Rodrigues foi enfático:
“Se surgirem fatos novos que justifiquem ações legais, outras prisões poderão ocorrer.”
Rodrigues reforçou a importância de separar as instituições daqueles que se desviaram de suas funções:
“Ninguém está acima da lei. É fundamental proteger as instituições democráticas enquanto responsabilizamos quem se desviou de suas funções.”
Ele também lembrou que, durante as investigações, até mesmo um policial federal foi preso, reforçando o compromisso da PF em não tolerar desvios de conduta, seja de militares, policiais ou outros profissionais.
Parabéns, seu Andrei, enquanto a pf-x (polícia federal do xande) fica usando a CRIATIVIDADE para perseguir militares, o contrabando e o tráfico correm soltos em nossas fronteiras. Muito cômodo prender quem não reage. Os criminosos são braços, eles dão tiros na polícia. O melhor é ficar em Brasília inventando estórinhas.