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Mario Frias Critica Políticos da Direita por Celebrar Filme sobre Ditadura

Deputado Mario Frias critica filme ‘Ainda Estou Aqui’ e políticos de direita que celebraram vitória de Fernanda Torres

O deputado federal e ex-secretário de Cultura, Mario Frias (PL-SP), gerou intensa repercussão ao criticar, nas redes sociais, tanto o filme Ainda Estou Aqui quanto políticos de direita que celebraram o reconhecimento da atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama neste domingo (5). Frias não poupou palavras ao expressar seu descontentamento com a produção cinematográfica e seus apoiadores.


Declarações no X (Antigo Twitter)

Em uma postagem no X, Mario Frias acusou o filme, dirigido por Walter Salles, de ter um propósito ideológico. Segundo ele, a obra busca “distrair o imaginário popular com os perigos de uma  inexistente”. Frias ainda classificou a premiação como “auto bajulação de militantes radicais da esquerda mundial”, afirmando que esses eventos “não representam absolutamente nada para a nação, que clama por liberdade, dignidade e prosperidade”.

O Filme que Inspirou a Controvérsia

Ainda Estou Aqui, um dos grandes sucessos do cinema brasileiro em 2024, conta a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado durante a ditadura militar. O longa acompanha sua luta para preservar a memória do marido em meio à repressão da época. A narrativa, baseada no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal, tem sido amplamente elogiada pela crítica e público, sendo vista como uma contribuição importante para a preservação da história brasileira.


Frias e as Críticas à Direita

Além de criticar o filme, Frias direcionou suas críticas a políticos de direita que comemoraram o prêmio de Fernanda Torres. O deputado acusou esses líderes de incoerência, sugerindo que ao celebrar a vitória estariam, de alguma forma, fortalecendo uma narrativa que ele considera distorcida. Em uma resposta ao influenciador digital Peter Jordan, que também elogiou a premiação, Frias alegou que Jordan “ainda está na superficialidade das relações humanas”.

Frias também fez uma crítica mais ampla, argumentando que as pessoas envolvidas no projeto do filme “defendem uma ditadura real que está por aí prendendo mães de família e idosos”. No entanto, o deputado não detalhou a que situações específicas se referia.

O Impacto de Ainda Estou Aqui

O filme, dirigido por Walter Salles, tem sido celebrado como um marco no cinema nacional, tanto por sua relevância histórica quanto por sua qualidade artística. Além de retratar episódios dramáticos da ditadura militar, a obra reacendeu debates sobre memória e justiça, temas que continuam sensíveis no Brasil. Fernanda Torres foi amplamente aclamada por sua interpretação de Eunice Paiva, recebendo reconhecimento internacional com o Globo de Ouro.

Eis a íntegra da declaração do parlamentar:

“Isso aí não é uma vitória do Brasil, as pessoas costumam confundir a autopromoção da elite artística global com conquista da nação. O que temos ali é a autobajulação de militantes radicais da esquerda mundial, querendo dar ar de legitimidade a um filme que é uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira. Um filme que visa distrair o imaginário popular com os perigos de uma ditadura inexistente enquanto essas mesmas pessoas defendem e dão sustentação a ditadura real que está por aí prendendo mãe de família e idosos. Você é uma pessoa bem intencionada, mas ainda está na superficialidade das relações humanas, acredita que é mero aborrecimento o público realizar um juízo de valor moral e repudiar uma criatura que defende todo o criminoso, abjeto e cruel Estado de Exceção que está em vigor no Brasil. Você pode achar uma bobagem alguém ter repulsa a uma figura dessa, mas as vítimas do Estado de Exceção não acham. Que bom que ainda temos no Brasil pessoas capazes de realizarem um juízo de valor moral e entenderem que essas premiações não representam absolutamente nada para a nação, que clama por liberdade, dignidade e prosperidade.

Críticas à Direita e ao Filme

Além de criticar o filme, Frias voltou sua indignação para políticos da direita que parabenizaram a atriz pela conquista. “Essa não é uma vitória do Brasil, mas sim uma tentativa de legitimar uma peça de ficção e desinformação da esquerda brasileira”, escreveu o deputado.

Eis a íntegra da fala de Mario Frias:

Todos os políticos da “direita” que estão dando parabéns a Fernanda Torres, alegando que a posição política dela não impede o reconhecimento, estão apenas emulando falso virtuosismo, não passam de hipócritas tentando passar uma aura de moderação na ânsia de ter algum tipo de reconhecimento da elite esquerdista brasileira, a mesma elite que não perderia dois segundos do seu dia para lhes dar qualquer tipo de atenção ou respeito. Deixa eu contar uma coisa para vocês, essa turma olha esse teatro de vocês como sinal de fraqueza e mediocridade, eles tiram sarro de vocês, pois os tratam como mendigos de atenção. É dever moral, de qualquer cidadão capaz de fazer um juízo de valor são, execrar todo e qualquer colaborador do Estado de Exceção no Brasil. Se você acha normal parabenizar alguém que defende a prisão de mãe de família e idosos, você é um sujeito caricato, uma dessas figuras que babam na própria gravata. Alguém assim jamais deveria ocupar um cargo público, pois não tem ideia de toda extensão e profundidade da dimensão moral da vida humana. Se você acha legal bajular alguém por ganhar um prêmio da elite artística global, a mesma elite artística que dá sustentação a toda barbárie que acontece no Brasil, então você é um idiota que merece ser um escravo. Servilismo não é moderação, é covardia indigna.

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