
Há uns anos, o que tínhamos mais próximos de cientistas no Pantanal eram alguns refugiados de guerra europeus.
Eles contavam muitas histórias nas noites pantaneiras, pois tinham formação técnica e eram mecânicos ou eletricistas, na época do boom de instalação de grupos geradores no Pantanal, os famosos “motor de luz”.
A maioria terminou emigrando para os Estados Unidos, mas alguns ficaram por aqui desfrutando a condição de cultos e preparados, mercê talvez de uma escola fundamental de excelência.
Um velho pantaneiro afirmava, ter ouvido de um desses “cientistas” refugiados, que a extração de petróleo terminaria por afetar a lubrificação do eixo da terra, o que talvez afetasse a maciez dos movimentos sobre tal eixo, tese bastante similar à hipótese levantada na matéria de “Ciência”.
Nessa questão de água, a transferência de peso, fico com a narrativa que dá conta que Leonardo da Vinci, ao responder à questão formulada, sobre aplanar por obra humana, os Montes Apeninos para ampliar áreas agricultáveis.
Contam que ele nos legou um esboço com a afirmação categórica, que em pouco tempo se restabeleceria a orografia anterior, pois pela Lei da Isostasia ou dos Movimentos Isostaticos: “-Os tratos aliviados, elevar-se-ão!”
Algo a ver com o princípio de Arquimedes, o que ninguem parece ver é a aplicação prática dessas leis antigas, tais como o fenômeno SIR ou Sismos Induzidos por Reservatórios, que teimam em acompanhar grandes Reservatórios Hidreletricos e mega barragens de contenção de minérios em meio aquoso.
Por isso, também, ao transferir sedimentos do Planalto para a Planície Pantaneira, só se pode assorear temporariamente alguns rios, mas sendo impossível criar a hipótese definitiva do Pantanal subir e a Serra descer…
Ontem, hoje e sempre, o Pantanal expõe mas não impõe”- Os tratos aliviados elevar-se-ão!”
Armando LacerdaPorto São Pedro