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Inflação aperta: preço da cesta básica dispara em 2024 sob Lula

Aumento do valor da cesta básica atinge todas as capitais ao longo de 2024, aponta DIEESE

Na quarta-feira (8.jan.2025), foi anunciado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que em 2024, houve um aumento no valor da cesta básica em todas as capitais estudadas. Com uma elevação de 11,91%, João Pessoa esteve no topo das altas, seguida por Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%).

Por outro lado, Porto Alegre teve o menor crescimento, com 2,24%. São Paulo continuou com o custo mais alto da cesta básica, chegando a R$ 841,29, seguido por Florianópolis (R$ 809,46), Porto Alegre (R$ 783,72) e Rio de Janeiro (R$ 779,84). As cidades do Norte e Nordeste, que pesquisam 12 produtos – um a menos que nas outras capitais -, tiveram os valores mais baixos: Aracaju (R$ 554,08), Salvador (R$ 583,89) e Recife (R$ 588,35).

Segundo o DIEESE, em dezembro de 2024, um salário mínimo de R$ 7.067,68 seria necessário para manter uma família de quatro, o que equivale a 5,01 vezes o salário mínimo atual de R$ 1.412,00. Este número supera as estimativas de novembro (R$ 6.959,31) e dezembro de 2023 (R$ 6.439,62). Itens como carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, café em pó, banana e óleo de soja tiveram aumentos de preço em todas as capitais. A pesquisa relaciona essas altas à instabilidade climática, demanda externa elevada e à desvalorização do real perante o dólar.

No último mês de 2024, para comprar a cesta básica, um empregado que ganha salário mínimo teve que trabalhar, em média, 109 horas e 23 minutos, um aumento em comparação às 107 horas e 58 minutos de novembro. Levando em conta o desconto da Previdência Social, o preço da cesta básica respondeu por 53,75% da renda líquida, um crescimento em comparação aos 53,05% do mês anterior. Em São Paulo, cidade onde a cesta básica é mais cara, o tempo de trabalho necessário chegou a 131 horas e 5 minutos, o que corresponde a mais de 16 dias de trabalho, levando em consideração uma jornada de 8 horas por dia.

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