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Carne sobe 20,84% em 2024 e tem maior alta desde 2019, aponta IBGE

Preço da carne bovina no Brasil registra maior aumento em quatro anos, revela IBGE

O preço da carne bovina no Brasil teve um aumento médio de 20,4% em 2024, o maior desde o auge da pandemia de 2020, quando a alta foi de 17%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse é o maior aumento em quatro anos, causado por fatores como redução do rebanho e o crescimento das exportações, principalmente para a China.

A alta afetou tanto cortes nobres, como a picanha (+8,7%) e o filé-mignon (+18,5%), quanto cortes populares. O acémliderou os aumentos, com alta de 25,2%, seguido pelo patinho (+24,1%),  (+22,9%), lagarto (+22,8%), costela(+21,3%) e alcatra (+21%).

Razões para a alta

Os principais fatores que explicam a disparada nos preços da carne bovina em 2024 são:

  • Redução do rebanho: Pelo segundo ano consecutivo, houve queda no número de cabeças de gado, reduzindo a oferta no mercado interno.
  • Aumento nas exportações: A retomada das compras pela China, após interrupções em 2023, pressionou os preços no mercado interno.
  • Crescimento dos custos de produção: O encarecimento de insumos agropecuários impactou o custo final.

De acordo com especialistas, essa combinação reduziu o consumo de carne bovina no Brasil, forçando muitas famílias a recorrerem a proteínas mais acessíveis, como frango e ovos.

Comparação com anos anteriores

O aumento de 2024 contrasta com o comportamento dos preços nos últimos anos:

  • 2020: alta de 17%, impulsionada pela pandemia;
  • 2021: alta de 8,45%;
  • 2022: alta moderada de 1,8%;
  • 2023: queda de 9%, devido à suspensão temporária das compras pela China.

A volta da China como principal importadora, somada à menor oferta no mercado interno, reverteu a queda de 2023 e fez os preços dispararem em 2024.

Impacto no consumo das famílias

O aumento nos preços da carne bovina impacta diretamente o custo de vida das famílias brasileiras, já pressionadas pela inflação. Cortes populares, como o acém e o patinho, essenciais no consumo doméstico, tiveram altas acima de 20%, tornando a carne vermelha ainda mais inacessível para boa parte da população.

Para muitos brasileiros, a solução tem sido substituir a carne bovina por frango ou ovos, que, embora também tenham registrado aumentos, ficaram em patamares menores.

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