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Editorial da Folha: descontrole da inflação em 2024 é culpa do governo Lula

Folha de S.Paulo atribui descontrole da inflação em 2024 ao governo Lula

Folha de S.Paulo atribui descontrole da inflação em 2024 ao governo Lula

Em um editorial publicado neste sábado, 11, o jornal Folha de S.Paulo responsabilizou diretamente o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo descontrole da inflação em 2024. O texto aponta a escalada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e descreve como a falta de prudência fiscal do governo pode gerar consequências graves, como impacto negativo na atividade econômica e nos empregos.

Inflação Acima da Meta pelo Oitavo Ano

Segundo o editorial, o IPCA teve alta de 0,52% em dezembro, encerrando o ano de 2024 com uma inflação acumulada de 4,83%. Esse índice ultrapassou o teto do intervalo de 1,5 ponto percentual em relação à meta de 3%, tornando-se o oitavo ano desde 1999 em que a inflação estoura a meta no regime de metas inflacionárias.

A Folha aponta que esses números desmentem as narrativas do governo federal, que tem tentado culpar o Banco Central (BC) pelo aumento das taxas de juros.

Presidente do Banco Central Explica Estouro da Inflação

Embora a inflação de 2024 (4,83%) tenha sido apenas ligeiramente maior do que a registrada em 2023 (4,62%), o jornal destaca que o principal problema está na pressão generalizada sobre os preços, especialmente no setor de serviços. A Folha observa que os serviços possuem “característica mais estrutural e de difícil combate, normalmente exigindo aperto para conter a demanda e desaquecer a economia”.

Em uma carta aberta ao ministro da Fazenda, divulgada na sexta-feira, 10, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, explicou as razões do estouro da inflação e as medidas necessárias para trazer o índice de volta à meta. De acordo com a análise da Folha, o editorial aponta quatro fatores principais para o descontrole:

  1. Inflação importada: causada, entre outros motivos, pela desvalorização do real;
  2. Aumento das expectativas de preços: que afetam a credibilidade da política econômica;
  3. Inércia inflacionária: gerada pelas pressões acumuladas de 2023;
  4. Força da atividade econômica: que supera a capacidade produtiva do país.

Peso do Dólar e Alívio do Petróleo

O jornal enfatiza a relevância da cotação do dólar, que teve um aumento médio de 24,5% entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, contribuindo com 1,21 ponto percentual no desvio da inflação. Apesar disso, a Folha também reconhece o alívio gerado pela queda no preço do petróleo no mercado internacional, que evitou um impacto ainda maior.

Fatores Domésticos e a “Irresponsabilidade do Governo Lula”

A Folha destaca que, na carta do presidente do Banco Central, foram listados fatores domésticos para a desvalorização do real, diretamente relacionados à gestão fiscal do governo Lula. O editorial aponta para a “irresponsabilidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que insiste na expansão contínua e insustentável dos gastos públicos”.

Embora reconheça que fatores externos tenham contribuído para a valorização do dólar, a Folha ressalta que as decisões do governo brasileiro amplificaram o problema.

Reflexos no Dia a Dia e a Preocupação com o Emprego

No encerramento do editorial, o jornal expressa preocupação com os reflexos da inflação sobre a economia real. A alta de preços, combinada com as fragilidades fiscais, deve gerar um impacto significativo na atividade econômica e no mercado de trabalho. Segundo a análise, isso poderia ter sido evitado se o governo federal tivesse adotado uma postura mais prudente e responsável:
“Parece inevitável um impacto danoso na atividade e no emprego, o que seria desnecessário se houvesse maior prudência por parte da administração petista”.

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