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Alcolumbre reafirma blindagem a Alexandre de Moraes e descarta pedidos de impeachment

CCJ e Alcolumbre rejeitam pressão

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, declarou que não aceitará nenhum dos mais de 20 pedidos de impeachment protocolados contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o jornal O Globo, Alcolumbre tem respondido com um enfático “zero chance” aos parlamentares que o questionam sobre o tema.

A postura do senador reforça a blindagem política de Moraes, mesmo diante de pressões vindas de setores do Legislativo e do Judiciário. Essa proteção é vista como parte de uma relação de proximidade entre os dois.

Candidatura à Presidência do Senado

Alcolumbre é apontado como o favorito para suceder o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na eleição interna marcada para fevereiro. Caso vença, ele deverá continuar a oferecer uma barreira contra qualquer tentativa de avançar com processos de impeachment contra o ministro do STF.

Vale lembrar que, durante o mandato de Pacheco, o Senado já ignorou mais de duas dezenas de pedidos de impeachment contra Moraes, muitos deles baseados em acusações de supostas afrontas à Lei dos Crimes de Responsabilidade.

Segundo parlamentares próximos, Alcolumbre mantém uma relação de amizade com Alexandre de Moraes, o que explicaria sua postura de defesa ao ministro. Contudo, sua relação com outros membros do STF seria menos estreita. É o caso de Luís Roberto Barroso, relator de uma ação que envolve suspeitas de rachadinha no gabinete do próprio Alcolumbre, e de André Mendonça, que enfrentou resistência do senador durante sua sabatina no Senado.

Oposição Reconhece Falta de Votos

Mesmo entre senadores da oposição, há um reconhecimento de que não há votos suficientes para avançar com um processo de impeachment contra Moraes. Atualmente, seria necessário o apoio de 41 senadores para abrir o processo e de 54 votos para cassar o mandato do ministro.

Esse cenário reforça a posição confortável de Moraes, que se beneficia da falta de mobilização suficiente no Senado para contestá-lo.

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