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Bolsonaro questiona índices econômicos do governo Lula: “Tudo aumenta menos a inflação?”

Ex-presidente critica alta nos preços de aluguéis e bens de consumo

O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais nesta quarta-feira, 15, para levantar dúvidas sobre os números da economia apresentados pelo governo federal. Em sua publicação no Twitter/X, Bolsonaro afirmou: “Há algo errado nos índices da gestão Lula? Tudo aumenta menos a inflação?”. A declaração foi feita ao compartilhar uma notícia sobre o aumento dos valores de aluguéis residenciais no Brasil.

De acordo com o Índice FipeZap, o preço médio dos aluguéis residenciais no país subiu 13,5% em 2024, superando em quase três vezes a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou o ano em 4,83%.

Além disso, o aumento dos aluguéis foi o dobro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), frequentemente utilizado como referência para corrigir contratos de locação. O IGP-M, calculado pela Fundação Getulio Vargas, encerrou 2024 com alta de 6,54%, consolidando-se como a chamada “inflação do aluguel”.

Outro ponto de destaque na economia foi o aumento da cesta básica, que teve alta em todas as 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em João Pessoa, capital que registrou o maior crescimento, a alta chegou a 11,91%, mais do que o dobro da inflação oficial de 2024.

Alimentos essenciais também sofreram reajustes expressivos. Entre os itens com maior aumento estão a laranja, que subiu 48,33%, e o café, com alta de 39,6%, conforme apontou o IPCA divulgado no último dia 10.

Preços de produtos simbólicos sobem

O IPCA também revelou aumentos significativos em itens que marcaram a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, como a picanha e a cerveja. Esses produtos ganharam destaque nos discursos do petista, que prometeu reduzir os custos para os consumidores brasileiros. Contudo, os preços desses itens continuam subindo, gerando críticas e insatisfação entre parte da população.

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