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Terceirizados proibidos de usar elevador no Ministério. ‘Eles têm que subir escada!’, diz chefe

O escândalo que revolta os servidores terceirizados no Governo Lula

Por: Pablo Carvalho

Brasília, 17 de janeiro de 2025 – A revolta tomou conta dos trabalhadores terceirizados no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), após uma ordem polêmica do diretor de Administração, Alexandre Wessner Kapper, que proibiu o uso de elevador pelos funcionários na hora do ponto. A determinação, de acordo com os funcionários, é clara: “Eles só podem usar a escada. Não tem conversa”, afirmou um dos terceirizados, visivelmente irritado com a medida. O prédio, com mais de 9 mil metros quadrados, é gigante, e muitos deles, que prestam serviços de limpeza e segurança, têm que subir andares inteiros pela escada.

A situação gerou um clima de desconforto e indignação entre os trabalhadores, que já desconfiavam de que o ministro Waldez Góes, chefe da pasta, não sabia da proibição. “Eles falam que é por questão de segurança e controle, mas sabemos que isso não é verdade. Eles não deixam a gente usar o elevador, e ninguém pode reclamar”, comentou outro servidor que preferiu não se identificar, temendo represálias. A ordem também tem gerado insatisfação, com os trabalhadores se sentindo mais desvalorizados do que nunca.

Em nota, o MIDR explicou que a orientação para o uso das escadas não é uma proibição ao elevador, mas uma medida de “segurança e registro” no controle de ponto. No entanto, a resposta não convenceu os servidores. “É uma orientação marota. Ninguém acredita mais nesse tipo de explicação”, disse um terceirizado. A medida, segundo ele, só intensifica a sensação de desigualdade dentro da estrutura pública.

O caso expõe mais uma contradição nas políticas de gestão pública e revela um cenário de precarização das condições de trabalho dos terceirizados no governo atual. A falta de transparência sobre o assunto e a posição rígida dos gestores aumentam as tensões. Enquanto isso, os terceirizados seguem, como se fossem obrigados a “subir” nas escadas do poder.

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