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Comerciantes que não aceitarem PIX poderão ser punidos, afirma governo Lula

Governo Federal prepara regulamentação para proibir taxas no uso do Pix

O governo federal, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, está finalizando uma portaria para regulamentar a medida provisória (MP) assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A MP reforça a proibição de cobrança de taxas pelo uso do Pix e estabelece regras que deverão ser seguidas por comerciantes e fornecedores.

Regras e Obrigações para Comerciantes

De acordo com a minuta da portaria, os comerciantes serão obrigados a informar claramente que não haverá diferença de preço para pagamentos realizados via Pix à vista. Além disso, os fornecedores deverão implementar ações para evitar a disseminação de informações falsas relacionadas ao meio de pagamento eletrônico.

O texto também exige que os fornecedores evitem a divulgação de informações que possam induzir os consumidores ao erro ou explorar o medo, superstição ou inexperiência dos clientes:

“Os fornecedores de produtos e serviços devem tomar medidas para evitar a disseminação de informações falsas, ainda que por omissão, capazes de induzir em erro (…) ou aproveitar da deficiência de julgamento e experiência que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma que lhe traga prejuízo.”


Punições Previstas

Caso as regras sejam descumpridas, as penalidades previstas incluem:

  • Apreensão ou inutilização de produtos;
  • Cassação de registro de produtos;
  • Revogação de concessões ou licenças de atividade;
  • Interdição de estabelecimentos;
  • Contrapropaganda obrigatória;
  • Suspensão temporária de atividades.

As sanções poderão ser aplicadas cumulativamente e incluirão medidas cautelares, conforme a decisão da autoridade administrativa responsável.

Lançamento do CanalPix

A portaria também prevê a criação de um mecanismo específico para denúncias e orientações, chamado “CanalPix”. O sistema servirá para que consumidores e fornecedores tirem dúvidas, façam reclamações e denunciem possíveis irregularidades relacionadas ao uso do Pix.

Contexto da Crise do Pix

A regulamentação do Pix ocorre em meio à polêmica gerada por diretrizes da Receita Federal, que começaram a vigorar em 1º de janeiro, obrigando a fiscalização de transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

A repercussão negativa levou o governo a publicar, no último dia 16, uma medida provisória que reforça a gratuidade do Pix e garante o sigilo das transações financeiras. A Senacon, por sua vez, agora trabalha na regulamentação para consolidar essas diretrizes e evitar abusos.

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