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Alta tributação: quase metade do preço de um carro zero no Brasil é imposto

Carga tributária pesa no preço dos veículos zero-km

No Brasil, a carga tributária sobre carros novos é uma das mais altas do mundo. Atualmente, 44% do valor total de um veículo zero-quilômetro corresponde a impostos, o que significa que quase metade do que o consumidor paga vai para os cofres públicos, e não para a montadora.

Os principais tributos que incidem sobre os veículos são o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com essa estrutura tributária, o Brasil se destaca entre os países que mais cobram impostos sobre automóveis.

Brasil Lidera em Impostos sobre Carros em Comparação com Outros Países

Enquanto no Brasil os tributos representam 44% do valor de um carro novo, em grandes potências mundiais essa taxa é significativamente menor. Veja algumas comparações:

  • China: 5%
  • Estados Unidos: 7%
  • Japão: 13%
  • Alemanha: 19%
  • França: 20%
  • Espanha: 21%
  • Itália: 22%

Esses números mostram que o custo de um carro novo no Brasil é fortemente impactado pela tributação, tornando o mercado automotivo nacional um dos mais caros do mundo.

Vendas de Carros Crescem Mesmo com Impostos Elevados

Apesar da alta carga tributária, o mercado de veículos novos no Brasil apresentou um crescimento expressivo em 2024. Foram vendidas 2,63 milhões de unidades, um aumento de 14,2% em relação ao ano anterior, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O desempenho superou as previsões iniciais. A Fenabrave esperava um crescimento de 12%, enquanto as montadoras, representadas pela Anfavea, projetavam apenas 6,1%.

Fatores que Impulsionaram as Vendas em 2024

Algumas razões explicam esse crescimento no setor automotivo:

  • Expansão do crédito: Condições mais acessíveis para financiamentos ajudaram os consumidores a adquirir veículos.
  • Melhora na renda e no emprego: O aumento da renda e a recuperação do mercado de trabalho ampliaram o poder de compra da população.
  • Demanda das locadoras: Empresas de aluguel de carros representaram um quarto das compras de veículos no ano passado, impulsionando o setor.

Mesmo com essa recuperação, o volume de vendas de 2024 ainda ficou 5,5% abaixo do registrado em 2019, antes da pandemia. No entanto, as projeções para 2025 são otimistas, com a Fenabrave estimando um crescimento de 5%, o que elevaria as vendas para 2,77 milhões de unidades.

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