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Bolsonaro acusa PF de manter Filipe Martins preso para forçar delação: ‘Preferiu a prisão a mentir’

Declaração ocorre às vésperas de audiência nos EUA sobre suposta fraude em registros migratórios

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (3), que a Polícia Federal manteve Filipe Martins preso por mais de seis meses com o objetivo de forçá-lo a firmar uma delação premiada. A declaração foi feita em publicação na rede social X (antigo Twitter), na esteira de novas movimentações judiciais nos Estados Unidos, onde foi marcada uma audiência para apurar supostas fraudes em registros migratórios do ex-assessor especial da Presidência.

Por que a PF não buscou testemunhas para esclarecer se Filipe Martins estava ou não no avião presidencial no dia 30 de dezembro de 2022?”, questionou Bolsonaro.
O fato é que Filipe, mesmo sob tortura e preso por mais de seis meses, deixou claro que preferia seguir preso do que forjar uma delação e prejudicar outras pessoas.”

Filipe Martins foi preso por ordem de Alexandre de Moraes

Filipe Martins, que atuou como assessor para Assuntos Internacionais no governo Bolsonaro, foi mantido preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A detenção se baseou na alegação de que Martins teria entrado nos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022 — algo que sua defesa contesta e afirma nunca ter ocorrido.

Importante destacar que Martins não estava legalmente impedido de deixar o país naquela data.

Justiça americana investigará possível fraude em registros do governo Biden

O caso ganhou relevância internacional após a Justiça Federal dos Estados Unidos, por meio do juiz Gregory Presnell, marcar para 9 de abril uma audiência para apurar supostos indícios de fraude nos registros migratórios relacionados a Filipe Martins. A audiência discutirá quem inseriu os dados, quando isso ocorreu e sob que circunstâncias.

Segundo revelado anteriormente, o nome de Martins teria aparecido grafado como “Felipe” em registros migratórios e dados incorretos sobre número de passaporte e classe de visto teriam surgido repentinamente em abril de 2024, sendo removidos em julho do mesmo ano.

A defesa do ex-assessor entrou com duas ações na Justiça americana. A primeira será avaliada na próxima semana.

 

 

 

 

 

 

 

 

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