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Mistério na Guerra: Soldados Norte-Coreanos teriam desaparecido, diz inteligência

Estima-se que a Coreia do Norte tenha enviado cerca de 11.000 soldados para dar suporte à Rússia na guerra contra a Ucrânia

A agência de espionagem da Coreia do Sul informou nesta terça-feira (4) que os soldados norte-coreanos, que foram enviados para auxiliar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, não foram vistos em combate na linha de frente na região de Kursk desde meados de janeiro.

“Desde meados de janeiro, não há sinais de tropas norte-coreanas enviadas para a região russa de Kursk envolvidas em batalhas”, disse o Serviço Nacional de Inteligência (NIS).

A agência declarou que as significativas perdas do exército do ditador Kim Jong-un parecem ser um dos motivos para a falta de militares norte-coreanos, adicionando que estão em curso esforços de inteligência para identificar a razão precisa da retirada das tropas.

A agência de inteligência da Coreia do Sul informou que aproximadamente 11.000 soldados da Coreia do Norte foram enviados para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia. Estima-se que 300 destes tenham morrido e cerca de 2.700 ficaram feridos.

A falta de experiência dos soldados de Kim Jong-un em ataques de drones, que são característicos do conflito entre Rússia e Ucrânia, pode estar relacionada às grandes perdas na ofensiva norte-coreana.

Historicamente, as missões de “sniper”, guerra urbana e infiltrações através das cadeias montanhosas que cercam o país são o principal foco de treinamento das forças especiais da Coreia do Norte.

Quando as forças da Coreia do Norte estavam a caminho da Rússia em outubro, as tropas de Vladimir  estavam ganhando território em áreas estratégicas do leste da Ucrânia. De 20 a 27 de outubro, os russos haviam tomado cerca de 196 km² do território ucraniano, registrando a progressão mais rápida semanal das forças russas em 2024. As regiões de maior avanço incluíam 95 km² perto de Vuhledar e 63 km² nas proximidades de Pokrovsk, ambas localizadas na área de Donbas.

Embora tenham ocorrido progressos, as forças russas sofreram perdas significativas. O mês de outubro de 2024 marcou o pico das baixas russas desde a eclosão do conflito, evidenciando a intensidade e o custo humano das operações militares que estão sendo realizadas.

Envolvimento no conflito

No mês de novembro, na cidade de Pyongyang, acordos de defesa mútua foram selados por Putin e Kim Jong-un. A partir do encontro na capital norte-coreana, ambos líderes desenvolveram parcerias estratégicas e acordos militares.

A Coreia do Norte, apesar de possuir uma das maiores  do mundo com 1,28 milhão de soldados, possui uma notável falta de experiência em combate. Existe um questionamento por parte de muitos especialistas sobre a eficácia que as tropas de Pyongyang poderiam oferecer à Rússia em uma guerra, levando em consideração a falta de experiência e o uso de equipamentos obsoletos.

Desde agosto de 2023, Pyongyang enviou à Rússia mais de 13 mil contêineres contendo munições, armas e mísseis. Os governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul apontaram a Coreia do Norte como a fornecedora desses armamentos para a Rússia desde o começo do conflito. Contudo, Moscou e Pyongyang rejeitam tais acusações.

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