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Após Nota no X, Barroso corrige declaração sobre gastos do judiciário e responde a críticas

Correção Pública Sobre Gastos do Judiciário

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, iniciou a sessão desta quarta-feira (5) corrigindo uma declaração feita por ele próprio sobre o custo do Poder Judiciário.

Durante a abertura do Ano Judiciário, Barroso afirmou que as despesas do Judiciário somavam pouco mais de R$ 130 bilhões, incluindo os gastos com o Ministério Público e a Defensoria Pública. No entanto, uma nota da comunidade no X (antigo Twitter) corrigiu a informação, apontando que esse valor, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), refere-se apenas ao Judiciário e não engloba essas instituições.

O ministro reconheceu o erro e fez a correção publicamente:

“A propósito de matérias publicadas na imprensa e circuladas em redes sociais, gostaria de fazer uma retificação e prestar alguns esclarecimentos. Em relatório do Tesouro Nacional ao qual tive acesso, no cálculo do custo do Judiciário estavam incluídos, igualmente, o Ministério Público e a Defensoria Pública. Retive essa informação. No entanto, nos dados divulgados pelo Justiça em Números, publicados pelo CNJ, os custos dessas duas instituições não estavam computados. Foi, portanto, uma informação imprecisa que venho retificar na primeira oportunidade.”

Barroso Rebate Acusações de Ativismo Judicial

Ainda em seu discurso, o presidente do STF também respondeu às críticas de que a Corte pratica “ativismo judicial”. Segundo ele, a atuação do tribunal se baseia na Constituição e decorre das demandas que chegam ao Judiciário por diferentes setores da sociedade.

“Não corresponde aos fatos a afirmação reiterada de ser o STF um tribunal ativista. Nós interpretamos e aplicamos uma Constituição abrangente, que cuida de uma grande multiplicidade de temas, que deságuam no Judiciário. Eles são trazidos pelos mais diferentes atores da sociedade brasileira.”

A defesa de Barroso ocorre em meio a um cenário de crescente desconfiança sobre o papel do STF, acusado de ampliar sua influência para além das atribuições constitucionais, especialmente em decisões de grande impacto político e social.

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