‘Suicídio’ de Professora com 20 Facadas Levanta Suspeitas e Caso é Reaberto
Família de Ellen Greenberg afirma que houve falhas e encobrimentos graves na investigação inicial de sua morte

O caso do falecimento de Ellen Greenberg nos Estados Unidos, que foi inicialmente classificado como suicídio, está sendo revisado após o persistente esforço de seus pais, Dr. Josh e Sandee Greenberg.
Eles foram capazes de levar o caso até a Suprema Corte da Pensilvânia e a Procuradoria Distrital de Chester County, com a intenção de mudar a causa da morte para “homicídio” ou “indeterminada”.
A alegação da família é de que a investigação inicial foi marcada por graves erros e ocultações. Especialistas autônomos, incluindo o proeminente patologista Cyril Wecht, trouxeram evidências consideráveis de assassinato.
De acordo com Wecht, a teoria do suicídio é “altamente improvável”, uma vez que dois dos ferimentos em Ellen foram causados após seu coração ter parado de bater.
Juiz questiona decisão inicial de suicídio
Durante uma audiência recente, o juiz Michael Erdos expressou perplexidade com a decisão de manter a causa da morte como suicídio.
Ele enfatizou a seriedade dos erros na investigação, como a limpeza do local do crime antes da coleta total de evidências. Em circunstâncias contraditórias, Ellen Greenberg foi descoberta sem vida em seu apartamento em 2011.
Ela havia deixado o trabalho mais cedo devido a uma nevasca e foi encontrada por seu noivo, Sam Goldberg, com uma faca cravada em seu peito.
A cozinha não apresentava sinais de arrombamento, mas Goldberg alegou que precisou arrombar a porta para entrar no apartamento.
Especialistas questionam tal afirmação, indicando que os estragos na porta não se alinham com a sua interpretação dos acontecimentos. As mensagens enviadas por Goldberg pouco antes da descoberta do cadáver geraram mais dúvidas.
Entre 17h32 e 17h54, ele enviou diversas mensagens insistentes para Ellen, incluindo frases como “Abre essa porta” e “É melhor você arranjar uma desculpa”. Ele contatou os serviços de emergência às 18h33.
Integridade da investigação
A investigação inicial foi caracterizada por falhas e possíveis intervenções externas. A autoridade policial autorizou que a “cena do crime” fosse higienizada por uma empresa contratada antes do recolhimento de todas as “evidências necessárias”.
Além disso, o tio de Goldberg, o juiz James Schwartzman, foi autorizado a entrar no apartamento e retirar pertences pessoais de Ellen, como seu computador e celular.
Isso gerou ainda mais dúvidas sobre a integridade do inquérito. A polícia recebeu um vídeo registrado pelo porteiro do edifício, antes da limpeza, mas curiosamente nunca foi localizado nos registros oficiais da investigação. A família se pergunta por que itens tão vitais não foram mantidos.
A psiquiatra de Ellen, Ellen Berman, afirmou que ela sofria de ansiedade, mas não tinha histórico de pensamentos suicidas.
O fato em questão, juntamente com os hematomas encontrados no corpo e as circunstâncias duvidosas em torno de sua morte, fez com que os pais de Ellen questionassem veementemente a reclassificação do caso como suicídio.
Também foi destacado por outros especialistas que a presença de 20 ferimentos, especialmente aqueles localizados nas costas, tornam a possibilidade de suicídio ainda mais improvável.
Dois dos ferimentos ocorreram depois da morte de Ellen, reforçando as suspeitas de que ela foi vítima de homicídio.
As informações são da Revista Oeste