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Idafro quer representação de xangô no STF com inclusão de Machado

O plenário da suprema corte tem uma cruz

O Idafro (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras) uniu-se a outras organizações e líderes de religiões de matriz africana para apresentar um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é ter o “machado de Xangô” incluído no plenário da Suprema Corte, onde atualmente existe uma cruz.

De acordo com os signatários do pedido, a inclusão deve ser realizada para reconhecer a “importância da diversidade religiosa no Brasil” e também para concretizar a “igualdade de tratamento entre as diferentes tradições religiosas”.

O machado de Xangô, denominado de Oxê, segundo o site Conjur, é um elemento da cultura Yorubá. Sendo um emblema de justiça, a entidade é vista como o rei da justiça.

A solicitação ocorreu depois que o STF determinou, no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1.249.095, que a presença de símbolos religiosos em edifícios públicos não viola a laicidade do Estado, pois expressam “a tradição cultural da sociedade brasileira”.

Hédio Silva, o advogado que está processando a cantora Claudia Leitte, iniciou uma ação com o objetivo de assegurar a isonomia no tratamento das diversas expressões religiosas no STF.

“O Oxê de Xangô simboliza a Justiça na cultura Yorubá, assim como o Crucifixo representa valores cristãos. Não se trata de privilégio, mas de reconhecimento da diversidade religiosa do Brasil e do combate à intolerância que atinge, principalmente, as religiões de matriz africana” disse ele.

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