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Em editorial publicado nesta sexta-feira (14), o jornal Gazeta do Povo analisou o desempenho do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção 2024, divulgado pela Transparência Internacional. O país atingiu a pior colocação de sua história, ficando na 107ª posição entre 180 países e marcando 34 pontos numa escala em que zero representa o maior nível de percepção de corrupção.
O jornal criticou duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), apontando que o Brasil sob essa liderança se tornou “um paraíso para os corruptos”.
STF e o “Desmonte” da Lava Jato
O editorial destacou o papel do Judiciário, especialmente as decisões do ministro Dias Toffoli, que em 2024 anulou processos e suspendeu multas contra figuras envolvidas na Operação Lava Jato.
“Apenas a caneta do ministro do STF Dias Toffoli, ao longo de 2024, conseguiu a proeza de suspender a multa da empreiteira Odebrecht e anular todos os processos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht; Toffoli ainda anulou provas contra o ex-marqueteiro do PT João Santana e sua esposa, Mônica Moura, e anulou todas as decisões contra o empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, que delatou Lula”, criticou o texto.
O jornal também mencionou Gilmar Mendes, que anulou processos contra o ex-ministro e ex-deputado petista José Dirceu, reforçando a crítica de que a Suprema Corte estaria reescrevendo a história da corrupção no Brasil em benefício de interesses políticos.
Ações do Governo Lula
O editorial não poupou críticas à gestão de Lula, citando casos como a manutenção do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, mesmo após ele ter sido indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa.
Outro ponto destacado foi a atuação de Lula em favor dos empresários Wesley e Joesley Batista, beneficiados por medidas provisórias que, segundo o jornal, geraram vantagens bilionárias aos negócios dos irmãos no setor de energia.
“‘Mais grave que os afagos públicos foi o acesso concedido ao Palácio do Planalto para reuniões fora da agenda, seguidas de medida provisória que garantiu benefícios bilionários aos negócios dos Batista na área de energia e resultaram na elevação da conta de luz das empresas e famílias brasileiras’”, afirmou o texto.
Conclusão do Editorial
O Gazeta do Povo concluiu o editorial afirmando que não há como esperar que Lula implemente moralidade no trato da coisa pública.
“‘Os brasileiros entrevistados pela Transparência Internacional veem um país onde os corruptos do passado voltaram à cena do crime’”, escreveu o jornal. “‘Onde a principal Corte do país destrói, em nome da pura conveniência política, todos os resultados obtidos por anos de esforço heroico dos órgãos de investigação e chancelados por várias instâncias do Judiciário.’”