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Lula Afunda o Brasil: País piora duas posições no ranking mundial de Corrupção

Esse tipo de postura fortalece ainda mais a percepção de um Brasil que se afasta da transparência e da justiça.

Por: Pablo Carvalho

O Brasil amargou uma queda significativa no Índice de Percepção da Corrupção de 2024, registrado pela Transparência Internacional. Com 34 pontos, o país ocupou a 107ª posição entre 180 nações, o pior resultado desde o início da série histórica, em 2012. A queda de dois pontos em relação ao ano anterior e a perda de três posições no ranking refletem um quadro alarmante de deterioração na percepção sobre a corrupção no setor público brasileiro. 

Segundo Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional – Brasil, a situação é “um estágio avançado da captura do Estado pela corrupção”, algo que parece ter se intensificado sob a administração do presidente Lula.

Ao longo dos últimos anos, o Brasil tem se distanciado das melhores posições que já ocupou, com 2012 e 2014 sendo os marcos da sua maior pontuação. Atualmente, o país está na mesma faixa de avaliação de países como Argélia, Malauí e Turquia, que compartilham a mesma sensação de impunidade e descontrole. Enquanto líderes como Dinamarca e Finlândia continuam no topo do ranking, com 90 e 88 pontos, o Brasil se afasta ainda mais da média global, que é de 43 pontos, e da média regional das Américas, que é de 42.

O governo de Lula, além de falhar em frear os retrocessos no combate à corrupção, tem sido acusado de não tratar a corrupção como prioridade. “Infelizmente, 2024 trouxe muito mais retrocessos que avanços”, afirmou Brandão, destacando o silêncio do presidente sobre a pauta anticorrupção e a manutenção de ministros envolvidos em escândalos. Em 2024, por exemplo, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, segue no cargo apesar de ser investigado por corrupção passiva e fraude em licitação. Esse tipo de postura fortalece ainda mais a percepção de um Brasil que se afasta da transparência e da justiça.

Casos de corrupção também não pouparam áreas críticas como o mercado de carbono e a infraestrutura no semiárido. A Operação Overclean, que investigou desvios de recursos no DNOCS, é um exemplo claro de como a corrupção afeta até mesmo questões ambientais, algo crucial em um ano que antecede a COP do clima no Brasil.

A corrupção, além de prejudicar a economia e a governança do país, também tem impactos graves na questão climática, que se agrava pela falta de integridade nas políticas públicas. Com esses desafios, o Brasil parece cada vez mais distante de um futuro de transparência e desenvolvimento sustentável.

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