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Nesta sexta-feira, dia 21, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), caracterizou uma mensagem de Chris Pavlovski, proprietário da Rumble, como uma incitação ao ódio direcionada ao STF. Tal interpretação de Moraes está presente em sua decisão de suspender a plataforma de vídeos no Brasil.
Moraes se referiu à seguinte mensagem de Pavlovski, no X: “Oi, Alexandre. A Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal”. Pavlovski e a empresa de mídia do presidente Donald Trump processaram Moraes nos Estados Unidos.
“A ilicitude é ainda mais grave, pois mesmo quando efetivamente intimada para cumprimento das ordens de bloqueio de perfis, cujas postagens reproduzem conteúdo criminoso investigado nos autos, a referida plataforma incorreu em desobediência judicial, e resolveu, criminosamente, divulgar mensagem incitando o ódio contra esta Suprema Corte, como se verifica na postagem de Pavlovski, do dia 19/2/2025”, escreveu Moraes.
O magistrado discorreu ainda sobre liberdade de expressão. “Pavlovski confunde liberdade de expressão com uma inexistente liberdade de agressão, confunde deliberadamente censura com proibição constitucional ao discurso de ódio e de incitação a atos antidemocráticos, ignorando os ensinamentos de uma dos maiores liberais em defesa da liberdade de expressão da história, John Stuart Mill”, afirmou o ministro.
Rumble processa Alexandre de Moraes nos EUA
A Rumble processou Moraes na Justiça do Estado da Flórida, nos Estados Unidos, nesta semana.
Na ação judicial, a companhia declarou que Moraes está envolvido em “censura” e violação de direitos nos Estados Unidos. A Truth Social, rede social fundada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ecoou as mesmas alegações contra o magistrado.
Moraes já havia focado em outra rede social antes da Rumble. No dia 30 de agosto do ano anterior, o ministro do STF havia ordenado a interrupção do X no país, novamente justificando a falta de um representante legal.
As informações são da Revista Oeste