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Forças Armadas mantêm mais de 160 militares presos em instalações militares

Detenções incluem oficiais e praças, com idades entre 19 e 72 anos

Dados divulgados pelo portal Metrópoles revelam que 162 militares estão atualmente presos sob custódia das Forças Armadas. Entre os detidos, todos homens, há soldados, capitães e tenentes, com idades entre 19 e 72 anos.

As prisões ganharam destaque após as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, que envolvem altos oficiais das Forças Armadas. Entre os investigados está o general da reserva Walter Braga Netto, acusado de obstruir as investigações.

Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Braga Netto e outros 23 militares. O general da reserva está detido na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. Do total de presos, 127 pertencem ao Exército, 27 à Marinha e oito à Aeronáutica.

Perfil dos Militares Detidos

A maior parte dos detidos pertence ao grupo dos praças, que inclui soldados, cabos e sargentos. No entanto, há 15 oficiais de alta patente entre os presos.

A advogada e pesquisadora Débora Nachmanowicz de Lima explica que os praças estão mais expostos a situações que podem levar à prisão, devido à sua presença constante em operações do dia a dia.

“Eles [praças] estão mais no dia a dia, no monitoramento, nas viaturas, além de serem a maior parte da Força. Eles estão mais suscetíveis a cometerem crimes militares ou não, e transgressões”, afirmou a especialista.

Tipos de Prisões Dentro das Forças Armadas

As detenções podem ocorrer por diferentes motivos, sendo classificadas como:

  • Prisão preventiva ou definitiva, aplicadas em casos de crimes comuns ou militares;
  • Prisão disciplinar, de curta duração, relacionada a violação de normas internas das Forças Armadas.

O professor Evandro Soares, doutorando na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), esclarece que a prisão disciplinar não equivale a uma condenação criminal.

“Não é uma prisão comum ou referente a crime militar, é prisão disciplinar em que o militar, no caso do Exército, pode ser preso até, no máximo, disciplinarmente. Ele fica preso na unidade militar por ter transgredido uma norma.”

Com o avanço das investigações e o aumento da pressão sobre as Forças Armadas, a situação dos militares detidos segue sob acompanhamento das autoridades.

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