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Folha critica Lula e afirma que presidente se tornou “pregador do controle das redes sociais”

Editorial do jornal aponta pressão sobre congresso e STF para regulamentação

Em um editorial publicado neste sábado (22), o jornal Folha de S.Paulo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “tornou-se um pregador do controle das redes sociais”.

O texto destaca que Lula tem pressionado o Congresso para intensificar o controle sobre as plataformas digitais e sugere que o Supremo Tribunal Federal (STF) tomará medidas caso o Legislativo não o faça.

O jornal analisa que, sob o “pretexto de proteger a democracia”, avança no país uma onda de regulamentação das redes sociais, além da criação de “precedentes jurídicos concedendo a autoridades o poder de reprimir a expressão dos cidadãos”.

“O Brasil embarcou na maré regressista”, destaca o editorial. “As cúpulas de Executivo e Judiciário, compostas ou nomeadas sobretudo pelo maior partido de esquerda, se irmanam no propósito de aumentar as restrições ao que se publica nos meios de comunicação, em especial nas redes sociais. Uma parcela influente do assim chamado progressismo apoia a investida.”

Folha Alerta Para Tentativas de Controle da Imprensa

O editorial também relembra que o Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o Brasil por 15 dos 35 anos desde a retomada das eleições diretas, já tentou em outros momentos implementar o controle da imprensa, mas não conseguiu devido à resistência do Congresso e da sociedade.

O texto enfatiza que a “artimanha” da regulamentação das redes sociais “não deveria enganar ninguém” e alerta que “quem governa não tem isenção para invocar poderes de decidir o que será publicado”.

“O seu interesse é mandar sem ser questionado e evitar que concorrentes lhe arrebatem a cadeira. O fato, que deveria dissuadir inclusive os bem-intencionados que defendem reprimir a livre expressão a título de combater os extremismos, é que essa estratégia não funciona. As ideias, as mentiras e as visões viesadas não deixam de circular porque autoridades montaram aparatos de censura”, diz o editorial.

Censura e o Caso de Donald Trump

Por fim, o texto cita como exemplo da repressão à opinião a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, alegando que o triunfo do republicano “foi amplamente silenciado nas grandes plataformas”.

“O que se perde com a atitude repressora da opinião são oportunidades de criticar à luz do dia as manifestações erradas, distorcidas ou odiosas que abundam, quer gostemos disso ou não”, finaliza o editorial.

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