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Alckmin tenta acalmar o mercado após nomeação de Gleisi Hoffmann: ‘boa surpresa’

Vice-presidente diz que alta do dólar foi reação exagerada e que deputada será ‘boa surpresa’

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), tentou minimizar o impacto negativo no mercado financeiro após a nomeação da deputada Gleisi Hoffmann (PT) para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (28), Alckmin afirmou que, se a alta do dólar foi motivada pela escolha da presidente do PT, a tendência é que a moeda volte a cair.

“Se for por causa da Gleisi, vai cair. Pode ter certeza, porque ela vai ser uma boa surpresa”, declarou.

Alta do Dólar e Reação do Mercado

A nomeação de Gleisi Hoffmann não agradou investidores. O dólar registrou alta de 1,08%, atingindo R$ 5,89, com pico de R$ 5,897 durante o dia. Analistas apontam que a escolha de Gleisi, conhecida por sua postura ideológica e pouco conciliadora, gerou incerteza sobre a governabilidade e o andamento de pautas econômicas no Congresso.

Alckmin, no entanto, defendeu que a deputada tem experiência política suficiente para lidar com o Legislativo e que sua atuação pode surpreender positivamente:

“Ela tem experiência legislativa, foi senadora, deputada federal, ministra de Estado e presidente de partido. Então, pode ter uma boa interlocução tanto com o Congresso quanto com os partidos políticos.”

Gleisi e Seu Histórico de Conflitos

Apesar da defesa de Alckmin, o histórico de destempero e embates políticos de Gleisi Hoffmann preocupa o mercado e setores do próprio governo. Como presidente do PT, a deputada usou as redes sociais para fazer ataques frequentes à oposição, à imprensa e até a aliados, o que contrasta com a postura necessária para um cargo de articulação política.

Nos bastidores, parlamentares apontam que a falta de habilidade de Gleisi para o diálogo pode dificultar ainda mais a relação do governo com o Congresso.

A situação econômica do país já enfrenta desafios, com a queda da popularidade de Lula, incertezas fiscais e tensões externas, como o conflito diplomático com os EUA. A escolha de Gleisi Hoffmann, portanto, não contribuiu para acalmar os investidores.

A dúvida que permanece no mercado é: Gleisi conseguirá adotar um tom mais moderado e conciliador? Ou sua nomeação agravará a crise política e econômica do governo Lula?

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