Vídeo: confronto na casa Branca: Trump e Zelensky têm discussão acalorada sobre guerra na Ucrânia
Presidente dos EUA pressiona líder ucraniano a aceitar negociação com a Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, protagonizaram um bate-boca tenso no Salão Oval da Casa Branca nesta sexta-feira (28). Durante vinte minutos, sob os olhares atentos dos jornalistas, os dois líderes divergiram sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia.
A reunião foi convocada por Zelensky, que buscava garantir mais apoio militar e financeiro dos EUA contra a ofensiva russa. Como contrapartida, o líder ucraniano ofereceu um acordo para concessão da exploração de terras raras e minerais ucranianos às empresas norte-americanas. No entanto, o encontro rapidamente se tornou um embate público entre os dois presidentes.
Trump desafia Zelensky: “Vocês não estão em posição de exigir”
O presidente norte-americano deixou claro que Kiev não pode impor condições aos EUA e precisa entender sua posição enfraquecida no conflito.
“Se você não tivesse nosso equipamento militar, a Ucrânia teria perdido a guerra em semanas”, disse Trump, acrescentando: “Você tem que ser grato.”
Zelensky rebateu, afirmando que a Ucrânia já demonstrou gratidão pelo apoio dos EUA e que o povo ucraniano está pagando o preço da guerra com suas vidas.
“Eu não quero um acordo, Putin é um killer”, declarou Zelensky, insistindo que qualquer negociação deve conter garantias de segurança para Kiev.
O vice-presidente J.D. Vance e outros membros da administração Trump expressaram frustração com as exigências de Zelensky. Vance lembrou que o líder ucraniano fez campanha pela oposição nos EUA ao visitar uma fábrica de armas na Pensilvânia, o que considerou uma atitude desrespeitosa.
“Vocês estão ficando sem soldados”, alertou Trump. “Vocês não estão em uma boa posição… vocês não têm as cartas.”
Zelensky, por sua vez, pediu para que Trump e Vance visitassem a Ucrânia para verem a realidade do conflito. O vice-presidente rejeitou o convite, classificando as viagens de líderes estrangeiros ao país como mera “propaganda”.