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Eduardo Bolsonaro prevê confisco depassaporte e acusa ‘jogo combinado’ entre Moraes, PT e PGR

Deputado denuncia perseguição e alerta para possível ordem de prisão

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou acreditar que seu passaporte será confiscado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o que o impediria de viajar aos Estados Unidos.

O parlamentar tem se reunido com autoridades norte-americanas para denunciar o que considera perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Segundo ele, Moraes atenta contra a liberdade de expressão ao restringir opositores.

PT pede investigação e confisco do passaporte

No sábado (1º), Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um pedido de parlamentares do PT para que Eduardo seja investigado e tenha o passaporte retido.

Os petistas alegam que o deputado teria cometido crimes contra a soberania nacional, ao supostamente “patrocinar retaliações” contra o Brasil e Moraes durante suas viagens aos EUA.

Em entrevista neste domingo (2), Eduardo Bolsonaro classificou o processo como um “jogo combinado” entre Moraes, o PT e a PGR:

“Os deputados do PT fazem a narrativa, o Alexandre de Moraes puxa para ele dizendo que trata-se de mais um caso do 8 de janeiro, manda para a Procuradoria-Geral da República, depois manda um recado ou fala diretamente com o Paulo Gonet e diz ‘olha, aceita aí para não ficar tão feio parecendo que sou só eu perseguindo o Eduardo” – disse o deputado no canal Programa 4 por 4, no YouTube.

Eduardo também afirmou que o confisco do passaporte facilitaria seu monitoramento e uma possível ordem de prisão contra ele.

“Vai ter que cortar minha língua para me fazer parar”, declarou o parlamentar no sábado.


Moraes vira tema de conversas entre Eduardo Bolsonaro e autoridades dos EUA

Eduardo Bolsonaro tem alertado parlamentares norte-americanos sobre ações do STF contra a liberdade de expressão, mencionando decisões de Moraes como o bloqueio da plataforma Rumble no Brasil e a remoção de perfis e publicações de opositores.

Ele também cita casos como a prisão do ex-deputado Daniel Silveira, do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do general Braga Netto, classificando-os como perseguição política.

A recente determinação de Moraes para bloquear o canal do jornalista Allan dos Santos nos EUA também gerou reação. A Rumble e a Trump Media processaram Moraes nos EUA, alegando que suas decisões violam a soberania americana.

Moraes pode ser impedido de entrar nos EUA

A situação escalou internacionalmente. Na última quarta-feira (26), a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou um projeto de lei que pode impedir a entrada de Alexandre de Moraes no país.

O texto prevê que autoridades estrangeiras que atuem contra a liberdade de expressão de cidadãos americanos possam ser barradas ou deportadas. Embora o ministro do STF não seja citado diretamente, congressistas dos EUA já o criticaram publicamente.

No mesmo dia, o Departamento de Estado dos EUA condenou o bloqueio de plataformas norte-americanas no Brasil e classificou a medida como censura incompatível com valores democráticos.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil respondeu acusando os EUA de politizar decisões judiciais do STF.

 

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