
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início ao descarte de 195.227 urnas eletrônicas do modelo UE 2009, que atingiram o fim de sua vida útil – estimada em cerca de dez anos ou seis eleições. O processo começou em agosto de 2023 e faz parte do Plano de Logística Sustentável (PLS) da Justiça Eleitoral.
A desmontagem das urnas envolve a separação de metais, plásticos e placas eletrônicas, com posterior trituração dos componentes para descaracterização. Segundo o TSE, 98% dos materiais são reaproveitados, enquanto o restante segue para aterros sanitários certificados, conforme as normas ambientais.
Acompanhamento e auditoria do descarte
O descarte está sendo realizado pela empresa NGB Recuperação e Comércio de Metais, em Guarulhos (SP), sob auditoria de servidores da Justiça Eleitoral para assegurar a segurança e transparência do processo.
Até o momento, aproximadamente 52% das urnas já foram recicladas. A previsão é que a empresa conclua o trabalho até junho de 2025.
As urnas descartadas somam 1.873.940 quilos, incluindo baterias e outros componentes.
“Esses procedimentos exigidos garantem uma destinação ambientalmente adequada. Também aprimoram os objetivos estratégicos de políticas e práticas de sustentabilidade da Justiça Eleitoral, que prima pela promoção da coleta seletiva, com estímulo à redução do consumo e da produção de resíduos, bem como ao reuso e à reciclagem de materiais”, informou a Justiça Eleitoral.
Urna eletrônica no Brasil
O uso da urna eletrônica no Brasil começou em 1996. Os equipamentos descartados estavam armazenados nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) das 27 unidades da federação.