
A atual gestão dos Correios encerrou fevereiro com um prejuízo de aproximadamente R$ 500 milhões, repetindo o resultado negativo registrado em janeiro. Com isso, o déficit acumulado nos dois primeiros meses de 2025 já atinge R$ 1 bilhão.
Além disso, a receita estimada da estatal em fevereiro (R$ 1,2 bilhão) foi inferior à de janeiro (R$ 1,4 bilhão), conforme levantamento interno da empresa.
Déficit pode ultrapassar R$ 5 bilhões em 2025
Técnicos da estatal projetam que, caso o cenário atual se mantenha, o rombo dos Correios poderá ultrapassar R$ 5 bilhões até o final de 2025, um aumento de quase 40% em relação ao prejuízo do ano passado.
Taxação de encomendas e impacto financeiro
A diretoria da estatal atribui o prejuízo de R$ 3,2 bilhões em 2024 à chamada “taxação das blusinhas”, política implementada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A cobrança sobre compras internacionais de pequeno valor teria reduzido drasticamente o volume de encomendas, impactando diretamente a arrecadação dos Correios.
Segundo estimativas, a medida gerou uma arrecadação de R$ 1,4 bilhão para o governo, mas contribuiu para um déficit de R$ 3,2 bilhões na estatal.
Além do rombo de R$ 500 milhões em janeiro, os Correios estariam negociando a contração de dívidas no valor de R$ 4,7 bilhões, segundo apuração divulgada pela coluna.
A situação financeira da estatal acende um alerta sobre sua sustentabilidade, enquanto a empresa busca alternativas para equilibrar suas contas.