BrasilNotícias

Absurdo: Professor da UFRJ e ex-secretário de Lula sugere “guilhotina” para família Roberto Justus

Comentário polêmico nas redes reacende debate sobre discurso de ódio e radicalização política

Na sexta-feira (4), uma polêmica envolvendo o nome do empresário Roberto Justus, sua esposa Ana Paula Siebert e a filha do casal, Vicky, de 5 anos, tomou conta das redes sociais. O motivo foi uma publicação do perfil Poponze, especializado em conteúdo de celebridades, que destacou o uso de uma bolsa de R$ 14 mil por Vicky em um passeio com os pais.

“RICA! Totalmente fora da minha realidade, Vicky, filha de 5 anos de Roberto Justus e Ana Paula, usa bolsa de R$ 14 MIL para combinar look com seus pais”, dizia o post, acompanhado por fotos retiradas do perfil do próprio Justus.

A publicação gerou reações extremadas. Um usuário identificado como “Gui Jong Un” no X (antigo Twitter) comentou: “Os bolcheviques estavam certos”. O apelido faz referência ao ditador norte-coreano Kim Jong-Un, e o perfil associa o autor ao comunismo, à defesa da Palestina e a slogans de esquerda.

Marcos Dantas e o comentário sobre “guilhotina”

Na sequência, Marcos Dantas, professor titular da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), respondeu ao post com a frase: “Só guilhotina…”. O comentário faz alusão direta à máquina de execução usada durante o período do Terror da Revolução Francesa, entre 1793 e 1794.

Marcos Dantas se apresenta como líder do ComMarx – Grupo Marxiano de Pesquisa em Informação, Comunicação e Cultura, e já teve atuação política no governo Lula. Conforme registros públicos:

“Já exerceu os cargos de Secretário de Educação a Distância do MEC (2004-2005), Secretário de Planejamento e Orçamento do Ministério das Comunicações (2003) e integrou o Conselho Consultivo da ANATEL, entre outras funções públicas.”

Também participou da elaboração de programas de governo do PT e da equipe de transição de Lula, conforme destacado por publicações da época e confirmado em documentos oficiais dos ministérios.

Reações e providências legais

Outro comentário extremista veio da usuária Aline Alves de Lima, que se descreve como “esquerdista e psicanalista”, usando ícones comunistas em seu perfil. Ela escreveu: “Tem que mtr mesmo! PQP!!!!!!”, complementando a postagem sobre a família Justus.

A esposa do empresário, Ana Paula Siebert, reagiu nas redes:

“Já estamos tomando as providências pelo crime cometido. Por favor denunciem ele o máximo possível, incabível uma pessoa fazer isso… Os prints já estão com nosso jurídico.”

Bolsa de Vicky x deputados

Usuários de direita nas redes observaram que a bolsa de Vicky Justus, avaliada em R$ 14 mil, é mais barata que a da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), cujo modelo custa R$ 27.420, segundo o site da própria grife.

Campanha do governo Lula contra “super-ricos”

Os ataques à família Justus coincidiram com a campanha do governo Lula nas redes sociais a favor do aumento do IOF, apresentando a proposta como medida para tributar “super-ricos”.

Vídeos produzidos por inteligência artificial mostravam personagens pobres criticando brancos ricos, como parte da estratégia de comunicação do governo. Durante a semana, o Planalto também reuniu 270 influenciadores para promover suas narrativas.

Parlamentares que votaram contra o aumento do IOF foram alvos de ataques virtuais e físicos, como ocorreu na sede do banco Itaú, invadida por militantes do MTST e da Frente Povo sem Medo.

STF e o conflito institucional

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os decretos tanto do governo quanto do Congresso sobre o IOF e convocou uma audiência de conciliação entre os Três Poderes para o dia 15 de julho, sem base legal clara para a decisão.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo