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Gayer dispara: “Gleisi foi tratada como uma cafetina por Lula”

Deputado afirma que presidente desrespeitou ministra; bancada feminina petista rebate acusações

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) criticou duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma sessão plenária da Câmara dos Deputados, acusando-o de tratar a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como “uma cafetina”.

A declaração de Gayer foi uma resposta à fala de Lula durante o lançamento do programa “Crédito ao Trabalhador”, quando o presidente afirmou que nomeou Gleisi para o cargo por ela ser “uma mulher bonita”.

Críticas de Gayer e reação da bancada feminina do PT

O parlamentar afirmou que esperava um posicionamento em defesa da ministra, mas que a esquerda permaneceu em silêncio diante das declarações do presidente.

“Faz 2 horas e meia desde que a sessão começou, e a Direita estava no plenário, assim, respeitosamente esperando que fosse feito um pronunciamento em defesa da ex-presidente do PT nacional, que foi humilhada, que foi desrespeitada pelo Presidente da República, mas, por enquanto, até agora não houve nenhum pronunciamento em defesa da ministra Gleisi Hoffmann”, disse Gayer.

Ele prosseguiu, afirmando que a direita se viu obrigada a se manifestar diante do ocorrido:

“Nós da Direita nos sentimos na obrigação de vir aqui e nos posicionar, prestando nossa solidariedade a uma mulher que foi tratada de forma tão desrespeitosa, como uma cafetina, por um cafetão, o Lula, Presidente da República, que praticamente a ofereceu como objeto sexual para poder fazer negociação com o Congresso.”

Nota do PT critica Gustavo Gayer, mas ignora fala de Lula

A bancada feminina do PT na Câmara e no Senado reagiu à declaração de Gayer, publicando uma nota oficial de repúdio contra o deputado, mas sem mencionar a fala original de Lula.

“As declarações do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) não só desrespeitam as mulheres na política, como também reforçam discursos machistas, misóginos e violentos que precisamos combater diariamente. O parlamento não pode compactuar com esse tipo de violência”, afirmaram as parlamentares.

Elas ainda classificaram a postura do deputado como vergonhosa e disseram que o machismo é uma ferramenta de “silenciamento e intimidação”.

“Ter um representante com esse tipo de postura é uma vergonha para o Parlamento brasileiro. A tentativa de desqualificar mulheres por meio de insinuações sexistas não é apenas um ataque à sua dignidade, mas também um atentado contra todas que lutam por espaço e respeito na sociedade. O machismo na política é uma ferramenta histórica de silenciamento e intimidação, e não podemos normalizá-lo”, concluiu a nota.

O episódio evidencia um silêncio seletivo do PT em relação às falas de Lula e a reação imediata contra críticas vindas da oposição, aprofundando o embate entre direita e esquerda no Congresso.

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