
Deputados do Partido Republicano, nos Estados Unidos, iniciaram uma investigação sobre uma possível armação envolvendo autoridades brasileiras e norte-americanas na prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A apuração pode impactar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já enfrenta resistência entre políticos americanos por suas decisões relacionadas à censura e perseguição política.
Nos últimos meses, Moraes tem sido criticado por tentar censurar cidadãos norte-americanos nas redes sociais. Essa postura levou o deputado republicano Darrell Issa a propor um projeto de lei que proíbe a entrada nos EUA de autoridades estrangeiras envolvidas em censura.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes e pode resultar em sanções contra o magistrado brasileiro, caso se comprove sua atuação nesse sentido.
Erros na prisão de Filipe Martins levantam suspeitas
A investigação nos EUA começou depois que a defesa de Filipe Martins entrou com duas ações na Justiça norte-americana, pedindo a apuração de uma possível fraude no registro migratório que levou à prisão do ex-assessor de Bolsonaro.
Martins foi detido preventivamente em fevereiro de 2024 e ficou preso por seis meses em Curitiba. Segundo seus advogados, o processo está “repleto de ilegalidades” e tem características de “jogo psicológico”.
A Polícia Federal utilizou um registro de entrada e saída dos EUA, datado de 30 de dezembro de 2022, como base para justificar sua prisão. Entretanto, o documento continha erros no nome de Martins e foi posteriormente removido do sistema.
Defesa apresenta provas contra fraude
Os advogados de Filipe Martins afirmam que ele nunca deixou o Brasil nesse período e apresentaram provas, incluindo:
- Passagens aéreas que comprovam sua presença no Brasil
- Registros de localização do celular
- Outros documentos que desmontam a versão oficial da PF
A defesa agora busca acessar informações críticas para identificar quem manipulou o registro migratório e quem teria ordenado a inclusão do dado falso.
Republicanos observam caso com preocupação
A suspeita de conluio internacional entre autoridades brasileiras e norte-americanas para fabricar provas contra um aliado de Bolsonaro chamou a atenção do Partido Republicano. O caso está sendo acompanhado de perto, pois levanta questões de integridade e uso político de instituições judiciais.
Caso as investigações avancem, o Brasil pode enfrentar pressões diplomáticas e o STF, especialmente Moraes, pode sofrer ainda mais críticas no cenário internacional.