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Previ encerra 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões no Plano 1

TCU investiga prejuízo e governança do maior fundo de previdência do país

A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) anunciou que o Plano 1, o maior da fundação, fechou 2024 com um déficit de R$ 17,6 bilhões. O valor representa um aumento significativo em relação ao prejuízo de R$ 14 bilhões registrado até novembro do mesmo ano.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a realização de uma auditoria para investigar as causas do déficit e identificar possíveis falhas na gestão dos investimentos. O processo ainda não tem data para ser concluído.

Oscilações do mercado e queda na renda variável impactaram o fundo

A Previ, que administra um patrimônio de R$ 240 bilhões, atribui o desempenho negativo à baixa rentabilidade dos investimentos em renda variável, setor que teve queda de 12,02% em 2024.

Por outro lado, os investimentos no exterior apresentaram um retorno positivo de 40,4%, compensando parte das perdas no mercado doméstico.

A fundação argumenta que oscilações de mercado fazem parte do setor financeiro brasileiro e que sua estratégia de investimentos é de longo prazo. Ainda assim, o prejuízo consumiu o superávit de R$ 14,5 bilhões acumulado em 2023.

Apesar do déficit, a Previ garantiu que mantém sua solidez e a capacidade de pagar benefícios, descartando a necessidade de contribuições extraordinárias dos associados ou do Banco do Brasil.

TCU investiga prejuízo e decisões de investimento

O Tribunal de Contas da União busca esclarecer o fluxo negativo de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024.

O ministro Walton Alencar, relator do processo, destacou que a auditoria pretende analisar a governança da Previ e as decisões de investimento da entidade.

A Previ é a maior fundação de previdência complementar do Brasil, gerenciando R$ 270 bilhões em investimentos. O fundo tem 84 mil funcionários do Banco do Brasil como participantes e 109 mil beneficiários.

Mesmo com a volatilidade do mercado em 2024, a entidade reafirma que não há risco de desequilíbrio estrutural no fundo.

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