
Por: Pablo Carvalho
A gestão de Fabiano Silva dos Santos nos Correios acumula dois meses de atraso nos repasses ao Postalis, fundo de pensão dos funcionários da estatal. A dívida, segundo fontes do próprio fundo, já soma cerca de R$ 120 milhões, dividida entre dois planos previdenciários: o Postalprev e o Plano de Benefício Definido (PBD), este último objeto de acordo firmado em 2023.
Em valores atualizados, os Correios devem R$ 42,2 milhões ao Postalprev e outros R$ 95,5 milhões ao PBD. O segundo plano, encerrado para novos participantes desde 2008, tem uma dívida reconhecida de R$ 7,6 bilhões. O compromisso da empresa, assumido no governo Lula, prevê pagamentos mensais de aproximadamente R$ 30 milhões, mas os repasses de março e abril ainda não foram feitos.
Enquanto a empresa atrasa, os funcionários seguem pagando sua parte em dia com descontos automáticos na folha. A insatisfação é crescente entre ativos e aposentados, que consideram injusto arcar com metade do déficit sem que os ex-gestores sejam responsabilizados. O rombo, de cerca de R$ 15 bilhões, é atribuído em grande parte a investimentos malsucedidos feitos entre 2011 e 2016, no governo Dilma Rousseff.
A estratégia da direção dos Correios tem sido evitar ações judiciais pagando uma das parcelas antes que o atraso atinja 90 dias. Essa manobra é esperada novamente em junho, com a quitação parcial de março antes do vencimento da contribuição de maio, previsto para o quinto dia útil. Os encargos por inadimplência incluem juros e multas que aumentam significativamente a dívida.
Indicado pelo presidente Lula, Fabiano é próximo ao ex-ministro José Dirceu e ganhou projeção no Grupo Prerrogativas. Sua gestão nos Correios enfrenta críticas internas por falta de transparência, crescimento desordenado das despesas e o maior prejuízo da história da estatal em 2024. Até o momento, a empresa não respondeu aos questionamentos sobre os atrasos nos repasses ao Postalis.
Com informações do Poder 360.
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