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Governo Lula abandona cidades após queda de ponte e faz população sofrer em dobro

Desde o colapso da estrutura, em dezembro de 2024, o que se vê é o silêncio de Brasília e o esforço solitário do Governo do Tocantins para conter o caos.

Por: Pablo Carvalho

Não bastasse a negligência do Governo Lula que levou à queda da ponte JK, entre o Tocantins e o Maranhão, o governo federal agora dá as costas à população das cidades que sofrem as consequências do acidente que causou mortes e paralisou a principal ligação entre os dois estados. Desde o colapso da estrutura, em dezembro de 2024, o que se vê é o silêncio de Brasília e o esforço solitário do Governo do Tocantins para conter o caos.

Em vez de assumir a responsabilidade pela tragédia, o Governo Lula lavou as mãos. Cabe hoje ao Tocantins bancar sozinho as medidas emergenciais para manter a trafegabilidade e atender a já carente população do Bico do Papagaio. O Estado providenciou travessia gratuita por barcos, recapeou estradas, intensificou fiscalização e sinalizou rotas alternativas para caminhões e carros que antes cruzavam pela BR-226.

O governador Wanderlei Barbosa não poupou críticas à omissão do Ministério dos Transportes. “Nunca recebemos uma colher de concreto da União para recuperar uma estrada por onde foi desviado todo o trânsito do Bico. As rodovias estão destruídas e estamos sozinhos nessa missão”, declarou, durante evento no Palácio Araguaia, sede do governo estadual, no último dia 14.

Diante do abandono, o Estado protocolou um Termo de Cessão de Uso junto ao Governo Federal, pedindo que o DNIT assuma a manutenção emergencial das rodovias estaduais que estão servindo como rotas alternativas. Até o momento, o documento segue sem resposta, e a ausência de ações concretas federais se torna mais visível a cada dia.

A Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura do Tocantins tem feito o possível para conter o impacto. Quatro frentes de trabalho atuam na recuperação das estradas e outras quatro garantem a segurança viária com sinalizações e balanças de pesagem. Mais de 5 mil caminhões estão passando diariamente por essas vias.

Cidades como Axixá, São Miguel, Aguiarnópolis e Sítio Novo, que nunca estiveram preparadas para esse volume de tráfego, agora vivem um pesadelo diário. Em Sítio Novo, a prefeita Dora Farias relata que moradores não dormem por causa do barulho dos caminhões. “O fluxo é intenso, nossa estrutura não comporta. O governo estadual tem feito sua parte, mas o Governo Federal não apareceu”, dispara.

Comerciantes também sentem no bolso os efeitos da omissão. Em Axixá, o açougueiro Antônio Ferreira viu suas vendas caírem 40%. “Os caminhões param na frente do comércio e os clientes somem. O DNIT passou por aqui, mas foi só para olhar”, lamenta. Em São Miguel do Tocantins, o secretário Valnei Monteiro diz que, mesmo após audiência com o ministro Renan Filho, nada foi feito.

A população não se cala. João Batista, morador há 40 anos de São Miguel, resume o sentimento de abandono: “As estradas estão se acabando, mas o DNIT nunca apareceu aqui”. Já o ajudante de obras Paulo Oliveira afirma que a situação só piora e que os órgãos federais continuam invisíveis. “A única presença constante aqui é a do (Governo do) Estado”.

O Governo do Tocantins segue reforçando a fiscalização com balanças de pesagem e apoio da Adapec, que monitora cargas e veículos para evitar riscos sanitários. Nas estradas, as equipes estaduais são as únicas tentando impedir que o desespero se transforme em tragédia maior.

A ausência do Governo Lula é visível e escancarada. A ponte caiu, vidas foram perdidas e o prejuízo recaiu totalmente sobre o povo do Tocantins. A cada dia que passa, aumenta a indignação de quem vê o descaso federal escorrer pelas rachaduras do asfalto e pelas lágrimas de um povo que, mais uma vez, foi abandonado por Brasília.

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