
Sempre atenta, a midia nos dá conta que na Fazenda Ypiranga em Poconé, gente pantaneira séria que entende do riscado, estão examinando pioneiramente possíveis patógenos veiculados por onças, a partir de suas emanações entéricas sólidas ou exame das fezes.
Gente pantaneira é valente , confia tanto na sua integridade pessoal e na ética que norteia seu conceito pantaneiro de vida absorvido desde o leite materno, que se consideram blindados contra a velha tática russa que segundo a BBC: “- Trata-se da prática de aproximar-se para acumular informações sobre uma pessoa que podem ser utilizadas depois para fazer pressão e chantagem sobre ela.”
Essa tática de kompromat só pode ser bem sucedida quando conseguem penetrar na intimidade para acumular informações, e foi usada com sucesso no MS para apropriarem-se, quando entenderam chegado o momento, de toda a extensão de valiosa propriedade familiar tradicional na região do Rio Negro.
Num primeiro momento eles se aproximam com lisonjas variadas já que necessitam mapear essa parte humana detentora do capital cultural empírico dos verdadeiros manejadores e conservadores, guardiões voluntários da facilmente mensurável e incrivelmente bem sucedida sustentabilidade do Pantanal.
Esse momento estará adiado enquanto espoliadores e expropriadores encontrarem-se entretidos no vasto lobby político para mudar a prioridade de Governo planejada no início de 2024, ainda sob a pressão de minorar incêndios devastadores , que visava retornar a população tradicional expulsas das áreas das RPPNs e Parques, transformando-as em RDSs Reservas de Desenvolvimento Sustentável visando finalmente tentarem mimizar, através do manejo dos pantaneiros legítimos , o pouco que resta das matas de galeria dos rios Paraguai e Rio São Lourenço.
A estratégia dos “amigos da onça das onças” está focada em convencer os dirigentes políticos e judiciais a aceitarem sua agenda de justificar o aumento da dose de veneno, visando turbinar o ganancioso modelo importado de reservas para todo o Pantanal do Mato Grosso, com a incendiária “proteção” alcançando um mega PARNA, desde as fronteiras bolivianas e EETaiamã, passando o Porto Joffre e emendando com Encontro das Águas, das Araras e SescPantanal.
Voltemos ao estudo das fezes de Tchás Onças, seria importante espalhar este exemplo da pantaneira Fazenda Ypiranga para todos os locais que utilizam esses felinos para atrair visitantes pagantes ao Pantanal…
Em todos os locais do MT e do MS dedicados a esta “observação da natureza selvagem intocada”, seria obrigatório que em cada grupo estivesse alguém munido de algum tipo de coletor de fezes, e que os fotógrafos profissionais mitigariam seu molestador big brother 24 horas , ao também encaminhar esse mesmo material colhido para qualquer laboratório que faça exame antitoxico , principalmente das estáticas e felizes onças sedentas ou famintas, exploradas diariamente como atrativos, como se estivessem em uma vitrine de Amsterdam ou “protegidas” por rufiões, numa esquina qualquer.
É necessário comprovar que não estão sendo forrageadas artificialmente como expressamente proibido na legislação, faz-se necessário verificar nesse exame do conteúdo fecal, confirmando também se não está ocorrendo disponibilização conjunta com os variadíssimos produtos do arsenal químico disponível de modificadores de comportamento.
Dizem que esse modelo foi primeiramente divulgado por consultor estrangeiro especialista que introduziu essa africanização, sendo responsável também por iniciar o diabólico estratagema de humanizar bichos, ao batizar com fofos nomes todos os animais expostos diariamente, transformando-os em pets com suas fotos e vídeos como ítens colecionáveis…
Conservação exige gente, seres humanos num contexto de respeito e interação com a biodiversidade de flora e fauna, critérios éticos para os possíveis serviços e atividades econômicas não culminarem em degradante exploração, obtendo ao final, a manutencao da virtuosa cultura local que propiciou a conservação histórica da biodiversidade no ecosistema pantaneiro.
Boi bombeiro não é o Minotauro, onças não são figuras icônicas pop como Marilyn Monroe, e “Produtor de Natureza” é só mais um sofisma mentiroso, calculada sabotagem pseudo semântico filosófica para iludir incautos doadores urbanos.
O Pantanal expõe mas não impõe! Conservação da natureza é esta outra coisa, por envolver interação com humanos e sua sobrevivência econômica, em contextos eticamente solidários e resilientes, por sua profunda integração especializada com os pulsos da natureza deste bioma.
Armando Arruda LacerdaPorto São Pedro