
Durante discurso no ato realizado neste domingo (6), na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ter promovido um “golpe” para favorecer a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. A manifestação teve como principal pauta a defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo Bolsonaro, as decisões tomadas pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — Alexandre de Moraes — teriam limitado sua campanha e favorecido diretamente o adversário. O ex-presidente voltou a criticar as resoluções adotadas pelo TSE às vésperas do pleito, classificando-as como uma forma de “perseguir a direita”.
“E o golpe? O que mais eles fizeram para colocar o Lula lá. Eu não pude mostrar durante a propaganda eleitoral de 2022 o Lula falando que era legal roubar celular (…), não pude mostrar imagem do Lula defendendo o aborto, não pude mostrar imagens do 7 de Setembro, imagens dele ao lado de ditadores.”
Acusações sobre alistamento eleitoral de jovens
Bolsonaro também questionou a campanha promovida pelo TSE para incentivar o alistamento de jovens entre 16 e 18 anos, sugerindo que a iniciativa teve motivação política:
“Fizeram a campanha para menores tirarem título de eleitor. E essa faixa etária, 75% vota na esquerda. Foram mais de 4 milhões de novos títulos.”
“Se estivesse no Brasil em 8 de janeiro, estaria preso ou morto”
O ex-presidente também afirmou que, caso não tivesse deixado o Brasil em 30 de novembro de 2022, teria sido preso durante os eventos de 8 de janeiro de 2023. Ele sugeriu que sua prisão ou até mesmo um possível assassinato estavam nos planos de seus adversários:
“Algo me avisou que alguma coisa ia acontecer. Se eu estivesse no Brasil seria preso na noite de 8 de janeiro e estaria apodrecendo na cadeia até hoje ou quem sabe assassinado por esses mesmos que botaram esse vagabundo na Presidência.”