
No editorial divulgado na manhã de segunda-feira, 7, o jornal O Estado de S. Paulo examinou a situação atual do programa Pé-de-Meia, da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e chegou à conclusão de que ele é “inchado”.
Originalmente, o projeto de autoria da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), tinha como objetivo atender estudantes regulares da rede pública e famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. No entanto, uma portaria do Ministério da Educação (MEC) expandiu seu alcance, incluindo alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e famílias com uma renda mensal per capita abaixo de meio salário mínimo, uma ação que o Estadão se referiu como “canetada”.
Portanto, a proposta envolve o pagamento de R$ 200 mensais aos estudantes, valores que podem ser retirados ou mantidos em uma poupança. Além disso, a cada ano concluído, o estudante recebe um adicional de R$ 1 mil. No final, o valor acumulado pelo beneficiário, considerando os valores atuais, pode chegar a até R$ 9,2 mil.
O programa de Lula e do PT
Nas estimativas iniciais do governo Lula, o valor anual do Pé-de-Meia era aproximadamente R$ 7,1 bilhões. Atualmente, a previsão é que os desembolsos ultrapassem essa projeção em R$ 5 bilhões e atinjam mais de R$ 12,5 bilhões.
“O programa é daquelas boas ideias que o PT se esforça para estragar”, escreve o Estadão, em editorial. “Essa decisão do governo Lula de ampliá-lo suscita questionamentos. É de perguntar quais os critérios que justificaram o seu inchaço, se já houve uma avaliação da sua efetividade e se há recursos no Orçamento de modo que sua expansão não afete outras políticas públicas.”
Ao final do texto, o jornal afirma que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva escolheu utilizar o programa estudantil como plataforma de campanha para o terceiro mandato, “em dimensionar seu público-alvo de forma correta sem se importar com gastos”.
“Por já estar em campanha pela reeleição e com a popularidade em queda, Lula faz do Pé-de-Meia um trunfo eleitoreiro”, diz o Estadão. “O custo das irresponsabilidades de uma gestão do PT é sempre alto.
” As informações são da Revista Oeste