Bolsonaro manda recado para quem insiste em dividir a direita

Durante participação no programa Oeste Sem Filtro, nesta terça-feira (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro fez um apelo à pacificação entre nomes da direita e criticou a postura de figuras que, segundo ele, atuam como “censores” do próprio campo político.

“Eu mesmo conversei com alguns desse time que tá do nosso lado, mas se julgam sensores do mundo. Qualquer coisa que alguém de direita fala, eles atacam. Esse comportamento ajudou o Lula a chegar ao poder”, afirmou Bolsonaro, destacando os riscos de uma divisão em 2026.

O ex-presidente também citou nomes como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que já se lançou como pré-candidato ao Planalto. Bolsonaro reconheceu que ainda é cedo para definições, mas garantiu neutralidade nas disputas internas: “Não vou bater nem criticar nenhum de vocês vindo candidato”.

Ele reforçou que, em eventual segundo turno entre um nome da direita e a esquerda, o campo conservador precisa se unir. “Se não der pra resolver entre nós antes, a gente resolve depois. Não dá pra continuar com a esquerda destruindo o Brasil”, declarou.

Criticando o atual governo, Bolsonaro questionou: “Me aponte uma boa ação do Lula em dois anos e três meses”. Ele mencionou a alta no preço de mantimentos e combustíveis, culpando a reoneração dos impostos federais, e comparou com sua gestão: “Deixei a gasolina abaixo de R$5”.

Ao comentar a política econômica, Bolsonaro criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Tem um ministro que não entende de economia e admite isso. Eu também não sabia, mas não atrapalhei o Paulo Guedes. Demos certo. Terminamos 2022 com R$54 bilhões em caixa”, disse.

O ex-presidente ainda alertou sobre o endividamento do país: “Já ultrapassamos os R$9 trilhões. Só de juros, são mais de R$1 trilhão por ano. Isso é quase R$3 bilhões por dia. Fica difícil sonhar com um país próspero assim”, concluiu.