A indignação tomou conta do Palácio do Planalto com o apoio de mais de cem deputados de partidos aliados ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao pedido de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos implicados nos acontecimentos do dia 8 de janeiro. A notícia é veiculada pelo jornal O Globo.
Membros do Executivo veem a situação como uma contradição, pois os legisladores, mesmo pertencendo a partidos que apoiam o governo, defendem uma proposta que favorece aqueles que, de algum modo, se posicionaram contra Lula.
No total, mais de 115 parlamentares de partidos como União Brasil, Republicanos, PSD, PP e MDB apoiaram o pedido de urgência do projeto de lei. Agora, esses partidos, que detêm ministérios na Esplanada, encaram a crescente insatisfação do governo em relação às suas atitudes.
Adicionalmente, o Planalto está preocupado com a chance de a anistia beneficiar personalidades como o ex-presidente Jair Bolsonaro, militares e apoiadores de seu governo. Estas figuras enfrentam acusações no Supremo Tribunal Federal por supostamente tentarem um golpe de Estado, sendo que alguns, como o líder do PL, já se tornaram réus e estão respondendo processo criminal na Corte.
Governo se posiciona contra anistia total
A chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou que o governo está aberto a debater a possibilidade de diminuição de penas para alguns implicados. Contudo, é contra o “perdão total”.
Ela enfatizou que a proposta favoreceria Bolsonaro e generais ligados à suposta tentativa de golpe. No entanto, essa afirmação não está claramente declarada no texto.
A iniciativa, encabeçada pelo Partido Liberal, requer 257 assinaturas para ser apresentada no plenário da Câmara. Segundo o “placar da anistia” da Revista Oeste, na quinta-feira, o grupo alcançou 258 assinaturas. Portanto, já conta com quórum para submeter o pedido de urgência.
As informações são da Revista Oeste
