
Nesta sexta-feira (11), Sóstenes Cavalcante, deputado federal pelo PL-RJ, realizou uma entrevista coletiva na sede do Partido Liberal no Rio de Janeiro para discutir o “Projeto de Lei da Anistia”. Na ocasião, Cavalcante, líder do PL na Câmara, ressaltou que Motta, ao assumir a presidência da Casa, expressou sua oposição à trivialização do regime de urgência e afirmou que só faria uma exceção para um tema que claramente necessitasse de rapidez.
A descontentamento de Sóstenes, o líder da Câmara fez uma exceção para acelerar a votação da proposta de instituição do Dia do Axé Music, em tributo ao carnaval da Bahia.
“Nós, na primeira semana [da Câmara sob o comando de Motta], o presidente Hugo Motta abriu uma exceção para atender a esquerda, para que nós votássemos a urgência para fazer uma homenagem ao carnaval da Bahia, em especial, para votar urgência, e votamos urgência e mérito do axé music, o Dia do Axé Music”.
Sóstenes mostrou reverência por todos os gêneros musicais, porém percebeu que o compromisso do presidente da Casa havia sido violado.
“Com todo o respeito, eu, na reunião de líderes, respeito todos os gostos musicais e culturais do Brasil, eu disse: “Não acho que isso é tão urgente assim”. Mas já que se trata do carnaval e é um pedido da esquerda, para provar que nós da direita somos flexíveis, nós não vamos ser contrários, e votamos a urgência do Dia do Axé Music. Pós isso, esta semana, o próprio presidente Hugo Motta, na reunião de colégio de líderes da última quinta-feira, para atender a um pedido do Poder Judiciário, pediu urgência de quatro projetos, que votamos na terça ou quarta-feira dessa semana, a pedido do Poder Judiciário. Ora, se o Poder Judiciário poder ter exceção e ter urgência, se o axé music, da esquerda, é exceção e tem urgência, quem está preso indevidamente e injustamente não é urgência para o parlamento, aí eu já não sei mais o que é urgência” declarou.