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Mandante de assassinato vai para casa e militância cala o grito de ‘Quem matou Marielle?’

Decisão de Moraes coloca acusado em casa e silencia antigos ativistas

A pergunta que durante anos ecoou em cartazes, discursos e redes sociais — “quem matou Marielle?” — tem recebido um silêncio ensurdecedor nos últimos dias. Isso porque, mesmo após o ministro Alexandre de Moraes, do  Tribunal Federal (STF), autorizar a prisão domiciliar do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) — apontado pela Polícia Federal como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco — nenhuma voz relevante da esquerda ou de ativistas do caso se manifestou publicamente.

Silêncio até da irmã, hoje ministra

Nem mesmo Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada e atualmente ministra da Igualdade Racial, rompeu o silêncio. Anielle foi alçada ao cargo após se tornar símbolo da bandeira progressista associada ao caso, mas não fez qualquer declaração sobre o fato de o acusado de mandar matar sua irmã cumprir prisão em casa.

Alianças antigas e seletividade política

Durante anos, o discurso da esquerda insistia em tentar vincular o assassinato a Jair Bolsonaro e seus aliados. No entanto, Chiquinho Brazão, agora acusado formalmente, foi por muito tempo próximo de quadros do PT e de partidos do mesmo espectro ideológico. Essa relação antiga torna ainda mais constrangedor o silêncio dos que antes vociferavam exigências de justiça.

Critérios que mudam conforme o acusado

A prisão domiciliar de Brazão foi determinada por “problemas de saúde”, uma justificativa que já foi ignorada pelo próprio STF em inúmeros outros casos. Diversos presos — incluindo idosos, enfermos ou pessoas em estado de vulnerabilidade — não obtiveram o mesmo benefício, especialmente aqueles associados à direita ou aos eventos de 8 de janeiro.

 

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