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“Acordo” põe fim à greve de fome de Glauber Braga após risco de cassação

Presidente da câmara garante prazo de 60 dias antes de votação em plenário

Presidente da Câmara garante prazo de 60 dias antes de votação em plenário

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta quinta-feira (17) que foi firmado um acordo político para pôr fim à greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que durava mais de uma semana. O entendimento contou com a participação da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber, e do líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ).

“Em diálogo com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL/SP) e com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), avançamos na construção de uma solução para o fim da greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL/RJ)”, declarou Hugo Motta em suas redes sociais.


Greve começou após recomendação de cassação

A manifestação extrema de Glauber teve início no último dia 9, logo após o Conselho de Ética recomendar, por 13 votos a 5, a cassação de seu mandato. O parlamentar é acusado de envolvimento em agressão física, o que, caso confirmado pelo plenário, poderá resultar na primeira cassação por esse motivo na história da Câmara.

Durante a greve, Glauber ingeriu apenas água, soro e bebidas isotônicas, segundo sua assessoria, e permaneceu acampado ao lado da mesa de coordenação do plenário 5 da Câmara, onde ocorreu a votação do Conselho.

Câmara garante direito de defesa com prazo estendido

Com o acordo, Hugo Motta informou que, independentemente do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre o caso, o tema não será levado ao plenário da Câmara antes de 60 dias. O prazo visa garantir o exercício pleno do direito de defesa por parte do parlamentar.

“Garanto que, após a deliberação da CCJ — qualquer que seja o resultado —, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias”, declarou Motta.


Processo segue para análise da CCJ

O deputado Glauber Braga deve agora recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisará a regularidade do rito adotado pelo Conselho de Ética. Caso sejam identificadas falhas ou ilegalidades no processo, a CCJ pode recomendar o retorno do caso ao Conselho para reavaliação.

“Passado esse período, as deputadas e os deputados poderão, soberanamente, decidir sobre o processo”, concluiu Hugo Motta.


Contexto da acusação

A recomendação de cassação do mandato de Glauber Braga decorre de um episódio ainda controverso envolvendo alegações de agressão física a outro parlamentar, cuja gravidade foi interpretada pela maioria dos membros do Conselho de Ética como passível da pena máxima — a perda do mandato.

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