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Âncora da Band critica Moraes: “Acha que traficante e blogueiro são a mesma coisa?”

Eduardo Oinegue questiona decisão do ministro do STF e alerta para desgaste da corte

O jornalista Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band, criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a suspensão da extradição do búlgaro Vasil Georgiev Vasilev, preso no Brasil por tráfico de drogas. A decisão foi tomada no mesmo dia em que a Justiça espanhola recusou extraditar o jornalista Oswaldo Eustáquio, investigado por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Comparação polêmica: traficante e blogueiro

Em vídeo intitulado “Será que Moraes acha que um traficante e um blogueiro são mais ou menos a mesma coisa?”, Oinegue ironizou o critério adotado pelo ministro do STF, sugerindo que houve uma equiparação injustificável entre crimes de natureza completamente distinta.

“Antes dele, o STF era criticado por se meter onde não devia, o tal do ativismo. Agora as críticas são mais duras e talvez já mereçam uma reflexão interna”, avaliou o jornalista.

Questionamentos sobre excesso de poder

Durante o comentário, o jornalista listou uma série de atitudes recentes de Moraes, que, segundo ele, alimentam a insatisfação crescente com o Supremo:

“É razoável Moraes tocar processos que não terminam? Disparar ordens de prisão, bloquear perfis nas redes sociais, e distribuir condenações com penas altíssimas?”

Oinegue destacou que a suspensão da extradição de um traficante internacional por retaliação política a uma negativa da Espanha representa um ponto de inflexão no debate público sobre os limites da atuação do Judiciário.

Risco de divisão institucional

Ao final, o âncora da Band alertou para um risco institucional mais grave:

“Será que o Brasil está se dividindo em dois? Um onde Moraes faz o que quer, e outro onde as pessoas fazem o que Moraes deixa?”

As críticas refletem o clima de desconforto crescente entre juristas, parlamentares e veículos de comunicação, diante de decisões consideradas politizadas ou desproporcionais por parte do STF — especialmente quando associadas ao ministro Alexandre de Moraes, que tem centralizado diversos inquéritos sensíveis.

Vídeo:

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