
O ator Paulo Betti, de 72 anos, voltou a deixar claro seu desprezo por quem pensa diferente, em mais uma demonstração de intolerância ideológica típica da militância de esquerda. Em entrevista à revista Veja, Betti criticou colegas de profissão que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, de maneira especial, voltou sua artilharia contra a atriz Regina Duarte, a quem tentou desqualificar por divergências políticas.
“Sei de todos os meus colegas que votaram no Bolsonaro. Inclusive durante muito tempo consegui dialogar com eles, conversar… Mas tem uma hora que dá um certo enjoo”, disse, deixando claro que sua tolerância termina quando o assunto é conservadorismo.
Regina Duarte vira alvo de militância
Sem qualquer cerimônia, Betti questionou o caráter e o discernimento da atriz Regina Duarte, que foi secretária de Cultura durante o governo Bolsonaro. O ator sugere que Regina simplesmente ignorava fatos e, de forma velada, a trata como alienada ou cúmplice, como se fosse impossível alguém de bom senso ser conservador no meio artístico.
“Não é possível que a Regina não sabia […]”, insinuou, ao mencionar a atriz Bete Mendes, que sofreu tortura durante o regime militar e se opõe a figuras como o coronel Ustra. O comentário é carregado de insinuações e visa manchar a imagem de Regina Duarte, que é respeitada não apenas como atriz, mas também como cidadã atuante na política e na defesa dos valores familiares.
Ironias e desdém com quem questiona o sistema
Betti também ironizou os brasileiros que colocam a democracia em xeque, como se a crítica ao ativismo judicial e à censura disfarçada fosse um crime de lesa-pátria. Segundo ele, o problema estaria em um “desvio psicológico ou de caráter” — uma acusação grave contra milhões de eleitores conservadores que apenas exercem seu direito constitucional à liberdade de opinião.
“Tem um desvio aí que não entendo se é psicológico ou de caráter mesmo. Não é possível”, afirmou, reforçando o tom ofensivo e preconceituoso de suas declarações.
“Cada um adota a ideologia em que acredita”, mas só se for de esquerda
Mesmo depois de desqualificar conservadores, atacar colegas e ridicularizar suas escolhas políticas, o ator tenta manter uma fachada de respeito à pluralidade:
“Agora, óbvio que todo mundo tem o direito de ser de direita ou de esquerda. Cada um adota a ideologia em que acredita”, disse, em frase contraditória com tudo o que havia afirmado anteriormente.
A fala evidencia o que muitos já apontam: o discurso da esquerda sobre “respeito à diversidade” costuma valer apenas para quem pensa igual a eles.
Lei Rouanet: defesa previsível
Como bom militante da classe artística beneficiada historicamente pela Lei Rouanet, Betti voltou a defender o mecanismo, mesmo admitindo que precisa ser aprimorado. Ele critica Regina Duarte por questionar a lei e, mais uma vez, insinua que ela estaria negando a própria trajetória.
“Como a Regina não acredita em Lei Rouanet? Deve acreditar. A gente está com a Lei Rouanet há quantos anos? Quase uns quarenta anos, lá do governo Collor. Ela precisa ser aprimorada, como todas as leis, mas facilita. Hoje existe uma distribuição maior”, afirmou o ator.
A fala ignora as inúmeras denúncias e distorções no uso da Rouanet, que por décadas beneficiou artistas ideologicamente alinhados à esquerda, enquanto outros ficavam à margem do sistema.