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Quem é o togado que mandou perguntas para a GloboNews como se fosse da bancada?

Ministro do STF Interpela ao Vivo Integrantes do Programa Central GloboNews

No programa Central GloboNews transmitido no dia 10 de abril, a jornalista Eliane Cantanhêde solicitou a atenção dos seus colegas ao vivo para informar que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desejava questionar os membros do programa. O tópico em discussão era a anistia aos detidos no dia 8 de janeiro.

Sem dar nome ao magistrado que acabara de lhe enviar uma mensagem de WhatsApp, a jornalista reproduziu a pergunta: “Se invadissem a sua casa, jogassem rojões, paus e barras de ferro em seus funcionários, destruíssem os seus móveis e quisessem que o vizinho tomasse o poder e passassem a comandar sua família e sua residência, você pediria anistia? Mas, contra o país e a democracia, tudo bem? Pode?”

Como evidenciado por vídeos que circulam nas redes sociais, essa questão é semelhante à feita pelo ministro  durante uma sessão de julgamento dos acusados de participação no evento de 8 de janeiro.

Assista ao vídeo abaixo

— Enio Viterbo (@EnioViterbo) April 22, 2025

Na Edição 265 da Revista Oeste, o colunista J. R. Guzzo publicou um artigo discutindo a relação entre certos setores da imprensa e as autoridades do Executivo e Judiciário. Veja um trecho abaixo:

“Essa ânsia de servir ao consórcio Lula-STF é uma doença que só evolui numa direção: para pior. Nada poderia comprovar o agravamento desse tipo de patologia de forma mais óbvia quanto uma das últimas aulas de conduta que o STF se acostumou a dar por meio dos noticiários da Rede Globo. Em pleno programa, uma das apresentadoras diz no ar que tinha acabado de receber uma pergunta que ‘um ministro’, pelo que foi possível entender, queria fazer aos ouvintes do programa. Isso mesmo, acredite se quiser. Quem faz pergunta, como era regra quando ainda existia jornalismo no Brasil, é o jornalista, e não a autoridade. Aqui trocaram a corrente de 110 para 220: a autoridade pergunta ao público, e o jornalista, em vez de mandar Sua Excelência passear, porque não é seu empregado, obedece no ato. Não só faz a pergunta que o ministro mandou que fosse feita. Faz isso com cara de quem acha certo — e está vivendo ali mais um grande momento “na luta” pela democracia e contra o bolsonarismo”.

As informações são da Revista Oeste

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