
A morte do Papa Francisco, ocorrida na segunda-feira (21) aos 88 anos, deflagrou uma verdadeira disputa nos bastidores da política nacional: quem vai com Lula a Roma para o funeral oficial marcado para sábado, 26 de abril. Governadores e parlamentares brasileiros demonstraram interesse em acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia, mas o número de representantes por país, imposto pelo Vaticano, é limitado a cinco.
Atualmente, a comitiva brasileira confirmada inclui:
- O presidente Lula
- A primeira-dama Janja da Silva
- O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso
- O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB)
- O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)
Para incluir novos nomes, a Embaixada do Brasil junto à Santa Sé teria que negociar diretamente com o Vaticano. Um interlocutor do Planalto, ouvido pelo jornal O Globo, descreveu o cenário como uma “briga de foice no escuro”, revelando o nível de tensão entre autoridades interessadas em compor a delegação oficial.
Itamaraty mantém suspense sobre nomes finais da comitiva
Até a noite da terça-feira (22), não havia lista oficial de participantes fechada nem enviada ao Vaticano. A responsabilidade pela triagem e tramitação dos pedidos é do Itamaraty, que trata com discrição o processo. A comunicação da Presidência da República declarou que os nomes serão divulgados “em momento oportuno”, mas a viagem para Roma está prevista para a noite desta quinta-feira, 24.
A limitação de vagas — uma imposição da Santa Sé — tem colocado pressão sobre o governo por parte de parlamentares, governadores e outros aliados que desejam marcar presença na cerimônia, que contará com cerca de 200 chefes de Estado e dignitários internacionais.
Líderes mundiais confirmam presença em Roma
Entre os líderes que já confirmaram presença no funeral do pontífice estão:
- Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos
- Javier Milei, presidente da Argentina
- Emmanuel Macron, presidente da França
- Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil
O evento ocorrerá em meio a esquema de segurança reforçado no entorno do Vaticano, que já estava com movimento elevado de peregrinos por conta do Jubileu da Igreja, celebrado a cada 25 anos. A Praça São Pedro e seus arredores passarão por restrições de acesso e controle rígido de circulação.
Despedida do pontífice e organização do conclave
O falecimento do Papa Francisco provocou comoção mundial e mobilizou a Igreja Católica para dar início às cerimônias fúnebres e ao processo de conclave, que elegerá o novo líder da Igreja. Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história e exercia um papel de liderança global com discurso progressista e foco social.
A expectativa é que o funeral, marcado para sábado (26), se torne um dos eventos diplomáticos mais relevantes do ano, reunindo autoridades de diferentes correntes políticas, culturais e religiosas.