
A determinação para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devolva 39 aves ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres veio do desembargador Newton Ramos, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
O comunicado de 11 de abril enfatiza que a sobrevivência dos pássaros está ameaçada pela custódia do Ibama, visto que no mínimo 16 aves faleceram sob sua responsabilidade no Centro de Triagem de Animais Silvestres em Brasília.
No começo de 2023, durante o período de detenção provisória de Anderson Torres, o Ibama conduziu operações em sua casa, localizada em Brasília. Estas medidas resultaram na confiscação de 55 aves, devido a supostas violações ambientais.
Torres, que já fez parte do governo de Jair Bolsonaro, tem buscado desde então recuperar seus pássaros legalmente. De acordo com o ex-ministro, a ave mais valiosa de sua coleção que foi apreendida desapareceu.
Carreira de Anderson Torres e investigações
O delegado Anderson Torres, que fez carreira na Polícia Federal (PF), passou tanto por um inquérito quanto por um processo disciplinar dentro da corporação, devido à criação de aves. Inicialmente acusado de causar uma repercussão negativa para a instituição, ambos os casos foram posteriormente arquivados.
Ao mesmo tempo, Torres está sendo acusado no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado, que está ligada aos eventos de 8 de janeiro. Ele está sendo acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de fazer parte de um “núcleo crucial” de uma organização criminosa, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 12 apoiadores.
De acordo com a acusação da PGR, Torres fez uso da Polícia Rodoviária Federal na tentativa de manipular o resultado do segundo turno das eleições de 2022 a favor de Bolsonaro. A estratégia foi concentrar os patrulhamentos policiais na Região Nordeste, conhecida como um fortalecido reduto eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva.
No período das invasões das sedes dos Poderes em Brasília, Torres desempenhava o papel de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Segundo a PGR, houve omissão de sua parte naquele momento, alegação esta que ele e seus advogados refutam no processo.
As informações são da Revista Oeste