Pelo menos 4,1 milhões de aposentados e pensionistas podem ter sido vítimas de descontos indevidos em seus contracheques, em um esquema criminoso bilionário relacionado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Esse número corresponde aos beneficiários que possuem contratos com as 11 entidades sob suspeita. O total exato de lesados, no entanto, só será conhecido após a conclusão das investigações.
Cooperação com entidades facilitou fraude
Atualmente, o INSS possui acordos de cooperação técnica com 39 entidades. As investigações da Polícia Federal apontam que 11 dessas entidades estão diretamente ligadas ao esquema fraudulento. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões.
Reação institucional após operação policial
O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, realiza nesta sexta-feira (2) uma reunião com o advogado-geral da União, Jorge Messias, para elaborar medidas de ressarcimento às vítimas.
O escândalo levou à demissão de Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, na qual ele foi um dos alvos principais.
Pressão por mudanças na Previdência
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), também está sob pressão e pode deixar o cargo. Segundo o Poder360, aliados o aconselharam a pedir exoneração, diante da pressão crescente sobre o governo por respostas contundentes ao caso.
